Filho do arquiteto e pintor Alcides Rocha Miranda, estudou gravura com Goeldi na Escola Nacional de Belas Artes. Mais tarde estudou com Aluísio Carvão e Tiziana Bonazola no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. De 1965 a 1968, viveu em Paris, onde realizou sua primeira individual (de desenho) em 1966. Dedicou-se ao magistério de arte em Brasília e no Rio de Janeiro, destacando-se sobretudo como professor de pintura da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio, função que o levou a ser considerado o pai da chamada "geração 80". Individuais no Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Salvador etc.) e no exterior (Portugal, Inglaterra, Espanha, França e Estados Unidos). De sua participação em bienais, vale destacar as de Quito (1972), de Veneza (1978) e de São Paulo (a partir de 1983). Em 1979 conquistou o prêmio de viagem ao país no Salão Nacional de Artes Plásticas. Em matéria de 1994, a respeito da exposição do artista no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, escreveu Frederico Morais: "Nestes quadros não se conta nenhuma história, não há qualquer referência ao cotidiano brasileiro, a questões expressamente políticas ou sociais, nenhum outro assunto. Apenas pintura."
Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois (Collectio, 1973), de Roberto Pontual; Carnaval: variações sobre 13 poemas de Eudoro Augusto segundo Luiz Aquila (Aluisio Leite/Massao Ohno-Roswitha Kempf/Jorge de Souza/Editores, 1981); Acervo Banco Chase Manhattan (Index, 1989), texto de Pietro Maria Bardi; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin