Egresso de escola profissional, onde formou-se em 1943, estudou pintura na Escola Profissional Masculina do Brás e desenho na Associação Brasileira de Belas Artes, trabalhou como desenhista e projetista de esquadrias metálicas; ao mesmo tempo, manteve ateliê-residência durante toda sua vida em sua cidade natal, Santo André, São Paulo. Nos anos 40 apresentou uma pintura de cunho figurativo, passando depois ao concretismo nos anos 50. Conhece Waldemar Cordeiro e Lothar Charoux e juntos, fundaram o Grupo Ruptura, ao lado de outros nomes como Geraldo de Barros, Kasmer Fejer, Leopoldo Haar e Anatol Wladyslaw. Participou, em 1951, da I Bienal Internacional de São Paulo. É um dos assinantes do manifesto que dá início ao movimento concretista brasileiro. Sua obra esteve presente na exposição "Ruptura", realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo, 1952. Sua obra foi vista nas edições de 1953, 1955, 1957, 1961 e 1967 da Bienal Internacional de São Paulo; integrou a delegação brasileira na Bienal de Veneza, 1952; participou da Exposição Nacional de Arte Concreta, São Paulo, 1956 e da edição carioca, no Ministério da Educação e Cultura, 1957. Integrou a “Konkrete Kunst”, Zurique, Suíça, 1960, mostra organizada por Max Bill. Foi um dos fundadores da Associação de Artes Visuais Novas Tendências, 1963. Sua obra abrange as técnicas de pintura, desenho, escultura, gravura e guache. Para a artista plástica e mestre em Artes Visuais, Paula Caetano, “...Luiz Sacilotto era um artista universal que sempre se manteve fiel a sua obra e seus conceitos. Um exemplo de artista sensível à emoção das linhas exatas e ângulos rigidamente traçados.”, enquanto o crítico de arte Jacob Klintowitz realiza uma crítica situando o artista: “...Certamente cabe o mérito histórico a Luiz Sacilotto de ser um dos concretistas de primeira hora. Ele esteve no grupo concretista com uma performance impecável. Modesto, discreto, afastado de promoções, desligado de carreira, Sacilotto esteve envolvido apenas no fazer artístico. A contemplação dos trabalhos antigos seus aponta para uma tendência geométrica construtiva. Nele, a geometria foi o desenvolvimento de sua pintura a partir de uma lógica interna. Ele descobriu o peso dos objetos, a densidade das formas, relacionou-as de maneira objetiva, colocou-as em planos e, finalmente estes planos e pesos assumiram vida própria e se tornaram o assunto e o tema de seu trabalho. ...Luiz Sacilotto serializa as suas formas através de repetições e reincidências, discutindo com seu público a natureza da forma registrada, seja uma figura geométrica, seja uma linha, como poderia ser, sem alterar o princípio básico, uma imagem figurativa. Neste aspecto, o artista coloca a dúvida sobre a natureza do objeto retratado justamente para afirmar o primado da consciência sobre a expectativa sensual”. Recebeu o prêmio de artes visuais da Associação Paulista dos Críticos de Arte, em 1989 e 2000; prêmio Melhor Conjunto da Obra da Associação Brasileira de Críticos de Arte, 2000, e Prêmio Governador do Estado do Salão Paulista de Arte Moderna, entre outros.
WWW.luizsacilotto.com.br; Itaú Cultural; PONTUAL, Roberto. “Dicionário das Artes Plásticas no Brasil”, Ed. Civilização Brasileira, 1969; Teixeira Leite, José Roberto. “Dicionário Crítico da Pintura no Brasil”, Ed. Artlivre, 1988.
Texto: Bolsa de Arte/Renato Rosa