Artista plástica e cineasta, dedicou-se também ao magistério de arte. Cursou Filosofia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Estudos com Ivan Serpa e Fayga Ostrower, dedicando-se inicialmente à xilogravura. Participou das mostras do Grupo Frente (1952 a 1956) e das exposições de Arte Concreta em São Paulo (1956), no Rio de Janeiro (1957) e em Zurique (1960). Participou também das exposições do movimento neoconcreto (1957-1961), de cujo manifesto foi signatária. Realizou letreiros, cartazes e displays para filmes do cinema novo no período de 1962 a 1966, entre os quais se destacam Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos, Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, e O Padre e a Moça, de Joaquim Pedro de Andrade. Participou da Bienal de São Paulo (1955, 1957, 1959 e 1998) e de mostras no Brasil e no exterior ligadas ao abstracionismo geométrico. Entre 1981 e 1982, recebeu bolsa da Fundação Guggenhein, de Nova York. Premiada pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (1990) e em primeiro lugar pelo Johnnie Walker de Artes Plásticas (1999). Entre suas exposições mais recentes, merecem destaque: Galeria Camargo Vilaça, São Paulo (1992 e 1995); retrospectiva no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto (Portugal, 2000); Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro (2002).
Lygia Pape (MEC/Funarte), textos de Luís Otávio Pimentel, Lygia Pape e Mário Pedrosa; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Etapas da arte contemporânea (Nobel, 1985), de Ferreira Gullar; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Anos 60: transformações da arte no Brasil (Campos Gerais, 1998), de Paulo Sergio Duarte; Arte construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner (DBA, 1998), coordenação editorial de Aracy Amaral; Lygia Pape: entrevista a Lúcia Carneiro e Ileana Pradilla (Lacerda, 1998); Tridimensionalidade: arte brasileira do século XX (2. ed. revista e ampliada Itaú Cultural/Cosac & Naify, 1999), de Annateresa Fabris, Fernando Cocchiarale e outros; Gravura: arte brasileira do século XX (Itaú Cultural/Cosac & Naify, 2000), de Leon Kossovitch, Mayra Laudanna e Ricardo Resende; Marcantonio Vilaça (Cosac & Naify, 2001); Gávea de tocaia: Lygia Pape (Cosac & Naify, 2001), textos de Mário Pedrosa, Guy Brett e Hélio Oiticica.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin