MANABU MABE (1924, Kumamoto, Japão - 1997, São Paulo, SP)

BIOGRAFIA:

Em 1934 chegou ao Brasil, onde começou a dedicar-se à pintura em meados dos anos 40. Aderiu ao abstracionismo na década de 50, tendo participado da Bienal de São Paulo diversas vezes a partir de 1953. Em 1959 realizou exposição individual no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Seu percurso expositivo se acelerou a partir de então, e ele marcou presença em diversas cidades européias e norte-americanas em apresentações individuais e coletivas. Em 1960 participou da Bienal de Veneza. Pietro Maria Bardi escreveu sobre o artista em 1977: "Mabe é um dos grandes senhores da pintura e pode ser que tenha deixado o figurativo para não ter impecilhos de comunicar o real, e propor a realidade do fantástico." Nos últimos anos, duas exposições em São Paulo merecem destaque: 1995, Galeria de Arte André, comemorativa dos 50 anos de pintura do artista; 2001, Museu da Casa Brasileira, com lançamento do livro autobiográfico Chove no cafezal.  

REFERÊNCIA:

O Brasil por seus artistas (MEC, 1979) e Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Seis décadas de arte moderna na coleção Roberto Marinho (Pinakotheke, 1985), texto sobre Mabe de autoria de Jayme Maurício; Manabu Mabe: vida e obra (edição do autor, 1986), textos de Jayme Maurício e outros; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Acervo Banco Chase Manhattan (Index, 1989), texto de Pietro Maria Bardi; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Museus Castro Maya (Agir/Banco Boavista, 1994); Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; O olho da consciência: juízos críticos e obras desajuizadas (Edusp, 2000), de Arnaldo Pedroso d'Horta, organização de Vera d'Horta; Coleção Aldo Franco (Pinakotheke, 2000), de Jacob Klintowitz; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin