Por volta de 1926 destacou-se como caricaturista. Logo depois, como retratista, passou a realizar exposições em Buenos Aires, Montevidéu e Rio de Janeiro. Iniciou-se como muralista em 1938 e em 1940 conquistou o Primeiro Prêmio Nacional de Arte Decorativa. Em 1947 deu início às suas viagens ao Brasil, onde estudou com Portinari. Viajou também pela França, Itália, Grécia e Israel. Neste último país realizou pintura mural de tema histórico-bíblico no palácio de cultura da Zoa House. Em 1952 expôs "os seus temas da Bahia" no Museu de Arte Moderna de São Paulo, e em 1956 e 1957 realizou exposições no Rio de Janeiro. Em 1961 expôs em Buenos Aires uma série de desenhos e têmperas do Brasil. No ano seguinte, no Rio de Janeiro, compôs uma grande série de óleos, posteriormente expostos na Galeria Van Riel, em Buenos Aires. A seu respeito escreveu o romancista Miguel Angel Asturias em setembro de 1968: "(...) Y todo esto se adivina, se intuye en la obra de Kantor que nos ha hecho dar una versión poética de nuestras impresiones, para ayudarle a luchar con sus demonios. Y esperamos que así sea en un hombre que siente la magia de América y que posee la virtud de transmitirla en sus dibujos y pinturas."
Bahia: Manuel Kantor (Melhoramentos, s/d [1950]), texto de José Geraldo Vieira.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin