Sua formação artística se deu entre 1961 e 1962, como aluno de Abelardo Zaluar no Museu Nacional de Belas Artes, e entre 1963 e 1964, como aluno de Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Participou do Salão Nacional de Arte Moderna (1965 e 1968) e realizou sua primeira individual em 1968, na Galeria Fátima Arquitetura de Interiores, no Rio. Em 1969 conquistou o prêmio do Salão de Verão do Jornal do Brasil (Museu de Arte Moderna) e, em 1980, três novos prêmios: II Bienal Iberoamericana do México; Mostra Anual de Gravura de Curitiba; III Salão Nacional de Artes Plásticas, Rio de Janeiro. Sobre sua vida e obra declarou o próprio artista em 1985: "Fui filho único da minha mãe. Ela veio comigo para o Rio de Janeiro, assim quando eu tinha uns quatro anos. (...) Minha infância foi desequilibrada, difícil mas mesmo assim fui para a escola. Antes dos dezesseis anos gostava de salto de altura. Gostava também de desenhar e pintar, reproduzindo o que via, qualquer coisa, tá? Aí fui estudar com o Ivan Serpa, lá no MAM. Fiquei com ele uns três anos. Ivan falava pouco. (...) Nasceu a vontade de gravar e com o mesmo Ivan Serpa.(...) Ivan disse: Messias, você não é pintor é xilogravador. Gostei. Gostei da xilo porque era diferente, nem desenho, nem pintura. Ivan era um sacerdote. (...) Minhas dívidas são com minha mãe, d. Maria Luiza Ribeiro e Ivan Serpa. Depois, comecei a trabalhar sozinho, assim, sabe? Assim, entende?" Em meados dos anos 80 o artista foi tema de reportagens em jornais cariocas: vivia na completa miséria, depois de ter sido considerado pela crítica um dos nomes mais importantes da arte da gravura no Brasil.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin