Em 1905 ingressou na Escola Nacional de Belas Artes, onde foi orientado por Daniel Bérard, Zeferino da Costa, Eliseu Visconti e Baptista da Costa. Com a conquista do Prêmio de Viagem à Europa no Salão Nacional de Belas Artes de 1916, viajou para Paris, onde permaneceu de 1917 a 1922 e freqüentou as academias da Grande Chaumière e Julian. Viu seu ateliê incendiar-se em Paris antes da volta ao Brasil em 1922. Com os poucos quadros que conseguiu salvar do desastre, realizou individuais no Rio de Janeiro (1922) e em São Paulo (1923). Presidiu a Sociedade Brasileira de Belas Artes, foi membro efetivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e vice-diretor da Escola Nacional de Belas Artes. Professor da Escola desde 1922, como docente livre, mais tarde regeu interinamente as cadeiras de Desenho Artístico e Pintura, inicialmente em substituição a Modesto Brocos, entre 1934 e 1937, depois a Rodolfo Amoedo, de 1938 a 1949. Na mesma Escola, exerceu ainda o cargo de professor contratado de Desenho de Croquis e professor catedrático de Desenho de Modelo Vivo, aposentando-se em 1957. Além do prêmio de viagem, conquistou outras premiações no Salão Nacional de Belas Artes: menção honrosa em 1913, medalha de bronze em 1915, medalha de prata em 1916 e medalha de ouro em 1926.
A inquietação das abelhas (Pimenta de Mello, 1927), de Angyone Costa; Primores da pintura no Brasil (1941), de Francisco Acquarone e A. de Queirós Vieira; Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; Subsídios para a história da Academia Imperial e da Escola Nacional de Belas Artes (Universidade do Brasil, 1954), de Alfredo Galvão; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin