Com quinze anos, depois de passar pela cidade de Ponta Grossa, onde foi aprendiz de alfaiate, ingressou na Escola de Aprendizes da Marinha em Paranaguá. Transferiu-se para o Rio de Janeiro para matricular-se na Escola de Grumetes. Na Marinha de Guerra, conheceu José Pancetti, ainda no início da carreira de pintor, um encontro que, para Bakun, foi decisivo. Em 1930, uma queda sofrida no navio o impossibilitou de continuar a carreira naval. Transferiu-se então para Curitiba, onde passou a dedicar-se exclusivamente à pintura. Algumas mostras de sua obra foram realizadas postumamente na capital paranaense: 1969, retrospectiva, Biblioteca Pública do Paraná; 1974, retrospectiva, Badep; 1989, Miguel Bakun 25 Anos Depois, Museu de Arte do Paraná. Participou diversas vezes do Salão Paranaense de Belas Artes (prêmio de aquisição em 1947, menção honrosa em 1948, medalha de bronze em 1949, medalha de prata em 1950, novamente prêmio de aquisição, 1951 e 1962, e sala especial em 1963). Atormentado, pobre, viveu muitas privações, suicidando-se em 1963. Em 1984, Silvio Back realizou o filme O Auto Retrato de Bakun. Na Bienal de São Paulo de 1985, integrou a sala especial Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades.
O acontecimento Andersen (Mundial, 1960), de Valfrido Piloto; Bakun (Livro Técnico, 1984), de Newton Stadler de Souza; 50 anos do Salão Paranaense de Belas Artes (Secretaria de Estado da Cultura/Museu de Arte Contemporânea do Paraná, 1995), de Maria José Justino.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin