Estudou em Bordéus, com Pierre Lacour, tendo se aperfeiçoado na Escola de Belas Artes de Paris a partir de 1816. Seguiu em 1820 para Roma, onde permaneceu até 1826. Por desentendimentos com o diretor dos Museus da França, Cailleux, que pediu que alterasse uma tela exposta no Salão de Paris de 1836, e desgostoso com a esposa, viajou em 1843 para Santiago do Chile, onde se fixou. Em 1847 chegou ao Brasil, estabelecendo-se no Rio de Janeiro. Participou das exposições gerais da Academia Imperial, tendo pintado um retrato do Imperador Pedro II, trabalho que fez muito sucesso e lhe valeu a condecoração de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro. De volta a Santiago do Chile, passou a ser considerado um precursor da pintura chilena. Trabalhos seus podem ser vistos na Fundação Raimundo de Castro Maya (Paisagem do Adro da Igreja da Glória, 1847), Museu Imperial de Petrópolis (Auto-Retrato, 1850) e em algumas coleções particulares. Donato Mello Júnior afirma sobre o artista: "Teve uma formação neoclássica como denotam suas primeiras grandes composições. (...) Sua pintura sofreu ainda forte influência clássica de Ingres e evoluiu depois para a escola romântica, tendo convivido com Delacroix e com Géricault."
A arte brasileira (Lombaerts, 1888, 2. ed. Mercado de Letras, 1995, introdução e notas de Tadeu Chiarelli), de Gonzaga Duque; Pinturas & pintores do Rio Antigo (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, 1990), textos de Paulo Berger, Herculano Gomes Mathias e Donato Mello Júnior; Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro (Garnier, 4. ed. 1991), de Joaquim Manuel de Macedo; Museus Castro Maya (Agir/Banco Boavista, 1994); O Brasil dos viajantes (Objetiva/Metalivros, 3. ed. 2000), de Ana Maria de Moraes Belluzzo; Iconografia do Rio de Janeiro 1530-1890: catálogo analítico (Casa Jorge Editorial, 2000), de Gilberto Ferrez; Revelando um acervo: coleção brasiliana (Bei Comunicação, 2000), organização de Carlos Martins.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin