Por ser um dos mais respeitados pintores de sua época em Paris, foi eleito membro do Instituto de França em 1795. Retratou a Entrada de Napoleão em Munique, quadro que apresentou no Salão de Paris em 1808. E foi a queda de Napoleão que definiu a sua saída da França. A convite de Lebreton, veio para o Brasil, integrando a Missão Artística Francesa de 1816. Fixou-se com a família no Rio de Janeiro. Na recém criada Academia Real das Artes, tornou-se professor de pintura de paisagem (1820). Por desentendimentos com o pintor português Henrique José da Silva, na direção da Academia Real, resolveu regressar à Europa em 1821. Seu filho, Félix Emílio, substituiu-o na cadeira de Paisagem da citada Academia. No Brasil pintou inúmeras telas. Seus trabalhos integraram, na II Bienal de São Paulo, em 1953, a mostra A Paisagem Brasileira até 1900, sala especial organizada por Rodrigo M. F. de Andrade. Em 1982, tela de sua autoria integrou a exposição 150 Anos de Pintura de Marinha na História da Arte Brasileira, no Museu Nacional de Belas Artes. Em 1992, uma paisagem sua pertencente ao acervo do Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro (óleo s/tela, entre 1816 e 1821) figurou na mostra Natureza: Quatro Séculos de Arte no Brasil, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro.
Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; A Missão Artística de 1816 (Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/MEC, 1956), de Afonso de E. Taunay; Rio neoclássico (Bloch, 1978), de Clarival do Prado Valladares; Brasil-França: cinco séculos de sedução (Espaço e Tempo, 1989), texto de Mario Carelli, fotografia de Ivan Lima; Pinturas & pintores do Rio Antigo (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, 1990), textos de Paulo Berger, Herculano Gomes Mathias e Donato Mello Júnior; Museus Castro Maya (Agir/Banco Boavista, 1994); Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Acadêmicos e modernos: textos escolhidos III (Edusp, 1998), de Mário Pedrosa, organização de Otília Arantes; O Brasil dos viajantes (Objetiva/Metalivros, 3. ed. 2000), de Ana Maria de Moraes Belluzzo; Arte no Brasil colonial (Revan, 2000), de Antonio Luiz d'Araujo; Iconografia do Rio de Janeiro 1530-1890: catálogo analítico (Casa Jorge Editorial, 2000), de Gilberto Ferrez; Revelando um acervo: coleção brasiliana (Bei Comunicação, 2000), organização de Carlos Martins.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin