Em 1932 foi aluna de Di Cavalcanti, com quem se casou no ano seguinte. Na companhia de Di mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ilustrou poemas para jornais. Em 1934, ainda em companhia de Di, seguiu para a Europa. No Recife permaneceu três meses, entrando em contato com Gilberto Freyre, Cícero Dias, Lula Cardoso Ayres, entre outros artistas e escritores. Em 1935, depois de uma breve estada em Lisboa, no mesmo ano fixou residência em Paris. Freqüentou as academias da Grande Chaumière e Ranson, e estudou na Sorbonne em 1936. Regressou ao Brasil em 1940, fixando-se em São Paulo, onde, em 1948, desenhou cenários e figurinos para o Teatro Brasileiro de Comédia. Dentro das comemorações do IV Centenário da Fundação de São Paulo, em 1954 projetou cenários e figurinos para o balé Fantasia Brasileira. Em meados dos anos 60 percorreu o país em pesquisa de arte plumária indígena, pesquisas estas que resultaram no livro Arte plumária e máscaras de dança dos índios brasileiros (1971). Realizou individuais no Brasil e no exterior e participou de diversos salões em Paris. Esteve presente na Bienal de São Paulo de 1957.
Prefácios desgarrados (Cátedra, 1978, v. 1), de Gilberto Freyre; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; O olho da consciência: juízos críticos e obras desajuizadas (Edusp, 2000), de Arnaldo Pedroso d'Horta, organização de Vera d'Horta.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin