Artista Visual. Formou-se em Arquitetura pela Universidade do Brasil, Rio de Janeiro, 1954. Estudou como bolsista na Itália no fim da década de 50 onde permaneceu até 1960. Dedicou-se à pintura e ao objeto, em paralelo, à poesia. Em 1960, procura uma integração entre poesia e pintura, cujo resultado são livros-poemas e não-objetos verbais. Integra o Movimento de Arte Neoconcreta, participando de mostras coletivas no Rio, 1960, e São Paulo, 1960, fez parte dos "Domingos de Criação", no MAM-RIO, 1971. Recebeu o primeiro prêmio no Salão de Verão, Rio, 1970 e no mesmo ano recebe Certificado de Isenção de Júri no XIX Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, RJ. Classificou-se, em 1971, entre os 56 semifinalistas internacionais no Symposion Urbanum Nurnberg, com seu projeto "Monumento Vivencial II". O crítico Roberto Pontual assinala que "...só depois de longo período de inatividade, por quase toda a década de 1960, é que ele retomou, de 1969 em diante, as primeiras pesquisas, fundindo palavra, visualidade, som, luz e movimento, no aperfeiçoamento possível ao nível tecnológico de agora. Lidando com materiais da nossa contemporaneidade, atuando mais como designer do que como artesão, acreditando na possibilidade de ampliar o diálogo com o público pela eliminação da peça única, redimensionada no múltiplo, e se dispondo a começar um alfabeto/cartilha a partir de sua origem mais simples, ele o faz exatamente através da reinvenção da natureza, sob o instrumento lúdico de um preciso lirismo, em palvras/cenas para cuja absorção e vivência se exige apenas a ativação do que há de simples e essencial em cada coisa: um exercício sobretudo mental." Em 1977 foi um dos 15 artistas convidados para o V Salão de Inverno em Minas Gerais.
Walmir Ayala. "Ato e vivência", Jornal do Brasil, Rio, 22 de janeiro, 1970; Roberto Pontual. "Palavra/Visualidade: Relendo e Refazendo". Suplemento Literário de Minas Gerais. Belo Horizonte, 25 de março de 1972; Roberto Pontual. "Dicionário das Artes Plásticas no Brasil", Editora Civilização Brasileira, 1969; Roberto Pontual."Arte/Brasil/50 Anos Depois/Hoje. Ed. Collectio Artes Ltda, 1973;José Roberto Teixeira Leite. "Dicionário Crítico da Pintura Brasielira", Ed. ARTLIVRE Ltda, 1988.
Texto: Bolsa de Arte/Renato Rosa