Pintor, desenhista, escultor, ceramista e gravador. Pintava e desenhava desde cedo, seu pai - que era professor e pintor - abandonou a pintura para incentivar a vocação do filho. Em 1895 entrou para a Escola de Belas Artes de Barcelona. Consta que teria entregue em um dia os trabalhos cuja entrega estaria estipulada em um mês. Frequentou a Academia de San Fernando, em Madrid e em 1900 viajou para Paris. Viveu na penúria esses primeiros anos na França, mas tornou-se amigo de Apollinaire, Max Jacob, Salmon, entre outros, o que facilitou sua mudança para Paris em 1904. Mais adiante, ligando-se a Matisse, Braque e Derain, funda o movimento cubista. Em1909 expôs na Alemanha, em 1911 em Nova Iorque, e em 1912 em Londres. Com a 1ª Guerra, seguiu para Roma onde executou cenários para balés. O contato com a cultura italiana marcou profundamente sua arte. Voltou para a França, com estadas em diversas cidades. Consagrou-se por volta de 1930, com o prêmio da Fundação Carnegie. De volta à Espanha em 1934, em 1936 foi nomeado, pelos revolucionários, diretor do Museu do Prado. Em 1937 publicou "Sonhos e mentiras de Franco" e apresentou "Guernica" em Paris. Em 1939 foi montada retrospectiva de sua obra em Nova Iorque, no MoMA. Durante a 2ª Guerra, viveu novamente em Paris. Em meados dos anos 40 inicia seus trabalhos em cerâmica. Sua obra é comumente dividida em diversas fases. Seu nome é Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso.
Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, Catálogo, leilão de abril, 2006.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin/Renato Rosa