Pintor, desenhista, gravador e professor. Filho do gravador Jean Pallière, chegou em 1817 ao Brasil, onde foi encarregado por D. João VI de pintar retratos e a paisagem do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais. No Rio, casou-se com a filha de Grandjean de Montigny, de cujo matrimônio nasceu Jean Léon Pallière. Considerado o introdutor da litografia no Brasil, foi professor de desenho da Real Academia Militar, contratado em 1822, e trabalhou nas oficinas do Arquivo Militar, dirigidas por Steinmann. Voltou com a família para a França em 1830. Participou do Salão de Paris (1809, 1810 e 1814) e foi membro das Academias de Belas Artes da França, Holanda e Bélgica. No Brasil, integra os seguintes acervos: Museu Imperial de Petrópolis, Museu Histórico Nacional, Museu Nacional de Belas Artes e Museus Castro Maya.
Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; História da pintura no Brasil (Leia, 1944), de José Maria dos Reis Júnior; As cidades do Salvador e Rio de Janeiro no século XVIII (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 1963), de Gilberto Ferrez; A muito leal e heróica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (Raymundo de Castro Maya, Candido Guinle de Paula Machado, Fernando Machado Portella, Banco Boavista, 1965), textos e organização de Gilberto Ferrez; A gravura brasileira contemporânea (Expressão e Cultura, 1966), de José Roberto Teixeira Leite; A arte maior da gravura (Espade, 1976), de Orlando Dasilva; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; História da pintura brasileira no século XIX (Pinakotheke, 1983), de Quirino Campofiorito; Biblioteca Nacional: a história de uma coleção (Salamandra, 1997), de Paulo Herkenhoff; Iconografia paulistana do século XIX (Metalivros, 1998), de Pedro Corrêa do Lago; O Brasil dos viajantes (Objetiva/Metalivros, 3. ed. 2000), de Ana Maria de Moraes Belluzzo; Iconografia do Rio de Janeiro 1530-1890: catálogo analítico (Casa Jorge Editorial, 2000), de Gilberto Ferrez.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin