PEDRO ALEXANDRINO BORGES (1856, São Paulo, SP - 1942, São Paulo, SP)

BIOGRAFIA:

Sua iniciação em pintura se deu como ajudante em projetos de decoração de interiores, ainda em São Paulo. Nessa atividade foi auxiliar do francês Barandier e do português Adriano Ferreira Pinto, entre outros. Transferindo-se para o Rio de Janeiro com uma pensão concedida pelo governo paulista, em 1887 matriculou-se na Academia Imperial de Belas Artes, onde estudou desenho com José Maria de Medeiros e pintura com Zeferino da Costa. Durante oito anos, foi também colaborador de Almeida Júnior, com o qual viajou para Paris em 1897, com nova pensão do governo paulista. Lá estudou com Fernand Cormon, René Chrétien e Antoine Vollon. Em 1905, de volta ao Brasil, realizou individual com 110 quadros, 84 deles naturezas-mortas, gênero que o consagrou. Novamente em São Paulo, como professor particular, teve como alunos alguns modernistas como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Aldo Bonadei. Detentor de várias premiações, expôs sua obra no Brasil e no exterior. Na visão de Fernando de Azevedo, confirma-se o lugar que ele ocupa na história da arte brasileira de sua época: um "excelente pintor de natureza-morta".

REFERÊNCIA:

Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; História da pintura no Brasil (Leia, 1944), de José Maria dos Reis Júnior; A cultura brasileira (3.ª ed. Melhoramentos, v. 2, 1958), de Fernando de Azevedo; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Um jeca nos vernissages (Edusp, 1995), de Tadeu Chiarelli; Pedro Alexandrino (Edusp, 1996) e Pintores paisagistas: São Paulo - 1890 a 1920 (Edusp/Imprensa Oficial, 2002), de Ruth Sprung Tarasantchi.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin