Pintor, gravador e desenhista autodidata. Em meados dos anos 50 resolveu dedicar-se exclusivamente à arte. Realizou sua primeira individual em 1962, na Galeria Macunaíma, no Rio de Janeiro. Participou de bienais internacionais como a de Tóquio (Japão) e de Paris (França). Da Bienal de São Paulo participou a partir de 1965. Em 1966, ganhou o prêmio de viagem à Europa no Salão Nacional de Arte Moderna. Fixou-se em Paris durante dois anos. Em 1968 voltou ao Brasil, onde intensificou seu percurso expositivo, dos mais coerentes da arte brasileira contemporânea. Entre suas individuais mais recentes devemos citar: em 1992, uma retrospectiva de seus trinta anos de pintura, no Centro Cultural Banco do Brasil; em 1995, no Instituto Cultural Villa Maurina; em 1996, Atelier Finep, no Paço Imperial; entre 1996 e 1997, no Museu de Arte Moderna; em 2001, no Instituto Moreira Salles, todas no Rio de Janeiro. A seu respeito, escreveu Ferreira Gullar em 1978: "Chamá-lo de desenhista, pintor - e ele é dos melhores deste país - não basta para defini-lo. Mais que isso, ele é um perscrutador dos enigmas e arcanos do mundo, de cuja aparência duvida e cujas leis objetivas procura contrariar."
Dicionário das Artes Plásticas no Brasil (Editora Civilização Brasileira, 1969), de Roberto Pontual; Arte/Brasil 50 Anos Depois/Hoje (Editora Collecctio, 1973), de Roberto Pontual; A criação plástica em questão (Vozes, 1970) e Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Novos horizontes: pintura mural nas cidades brasileiras (Banco Nacional, 1985), de Olívio Tavares de Araújo; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995); Roberto Magalhães (Salamandra, 1996) e Monumentos urbanos: obras de arte na cidade do Rio de Janeiro (Prêmio, 1999), de Frederico Morais; Biblioteca Nacional: a história de uma coleção (Salamandra, 1997), de Paulo Herkenhoff; Anos 60: transformações da arte no Brasil (Campos Gerais, 1998), de Paulo Sergio Duarte; Gravura: arte brasileira do século XX (Itaú Cultural/Cosac & Naify, 2000), de Leon Kossovitch, Mayra Laudanna e Ricardo Resende; Roberto Magalhães: desenhos (Instituto Moreira Salles, 2001).
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin/Renato Rosa