Em 1868 chegou ao Rio de Janeiro, onde desde cedo trabalhou para auxiliar a família. Em 1873, no Liceu de Artes e Ofícios, foi aluno de Costa Miranda, Sousa Lobo e Vítor Meireles. Em 1874 ingressou na Academia Imperial de Belas Artes, onde foi aluno de Vítor Meireles, Zeferino da Costa, Agostinho José da Mota e do escultor Chaves Pinheiro. Conquistou o prêmio de viagem à Europa ainda muito jovem. De 1879 a 1887 viveu em Paris. Inicialmente estudou na Academia Julian. Só em 1880 conseguiu matricular-se na Escola de Belas Artes. Aluno de Alexandre Cabanel e Puvis de Chavannes, participou do Salão de Paris (1882, 1883 e 1884) e passou a desenvolver seus grandes temas em torno da mitologia, da Bíblia e da História do Brasil. De volta ao Rio de Janeiro, já em 1888 foi nomeado professor honorário da Academia e realizou sua primeira exposição individual. Foi várias vezes premiado, destacando-se a medalha de ouro na Exposição Comemorativa do Centenário da Abertura dos Portos, Rio (1908), e a medalha de honra no Salão Nacional de Belas Artes (1917). Vice-diretor da Escola Nacional de Belas Artes em 1893, ocupou interinamente, em períodos diferentes, a sua direção (de 1893 a 1900). Em 1918, foi contratado como regente da segunda cadeira de Pintura. Aposentou-se em 1934. Em 1957, comemorando o centenário de nascimento do artista, o Museu Nacional de Belas Artes realizou uma grande retrospectiva de sua obra.
A arte brasileira (Lombaerts, 1888, 2. ed. Mercado de Letras, 1995, introdução e notas de Tadeu Chiarelli), Contemporâneos: pintores e escultores (Benedicto de Souza, 1929) e Impressões de um amador: textos esparsos de crítica 1882-1909 (Fundação Casa de Rui Barbosa/UFMG, 2001, organização de Júlio Castañon Guimarães e Vera Lins), de Gonzaga Duque; Pall-Mall Rio: de José Antonio José (Villas-Boas & C., 1917, p. 205 e 206), de João do Rio; A inquietação das abelhas (Pimenta de Mello, 1927), de Angyone Costa; Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; História da pintura no Brasil (Leia, 1944), de José Maria dos Reis Júnior; O Brasil por seus artistas (MEC, 1979) e Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Acadêmicos e modernos: textos escolhidos III (Edusp, 1998), de Mário Pedrosa, organização de Otília Arantes.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin