SÉRGIO CAMARGO (1930, Rio de Janeiro, RJ - 1990, Rio de Janeiro, RJ)

BIOGRAFIA:

Estudou com Pettoruti e Lucio Fontana na Academia Altamira, em Buenos Aires (Argentina). Seguiu para a Europa em 1948. Em Paris, estudou Filosofia na Sorbonne. Conheceu então Brancusi, Arp e Van Tongerloo. De 1961 a 1974 viveu em Paris. Retornando ao Brasil, fixou residência no Rio de Janeiro. Realizou diversas individuais no país e no exterior. Participou das bienais de Veneza (sala especial em 1966), Medellín (1970), Carrara (1973), entre outras. Em 1965, recebeu medalha de ouro de melhor escultor nacional na Bienal de São Paulo. No catálogo da exposição que o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresentou em 1981, escreveu Casimiro Xavier de Mendonça: "O problema do fazer nunca foi superestimado por Sérgio de Camargo. O artista artesão que sabe fazer um trabalho, permanece para Sérgio num plano descritivo. Importante é o artista criador definindo o seu plano de idéias, aquele que sabe ver para ter o que dizer." Em maio de 2002, foi inaugurado no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, o Atelier Sérgio Camargo, réplica do ateliê do artista, uma sala permanente dedicada a sua obra.  

REFERÊNCIA:

A criação plástica em questão (Vozes, 1970), de Walmir Ayala; Sérgio de Camargo (MAM, 1981), textos de Casimiro Xavier de Mendonça e Ronaldo Brito; Um século de escultura no Brasil (MASP, 1982), textos de Pietro Maria Bardi e Jacob Klintowitz; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995) e Monumentos urbanos: obras de arte na cidade do Rio de Janeiro (Prêmio, 1999), de Frederico Morais; Camargo (Akagawa, 1990), de Ronaldo Brito; Arte na América Latina (Cosac & Naify, 1997), de Dawn Ades; Arte construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner (DBA, 1998), coordenação editorial de Aracy Amaral; Anos 60: transformações da arte no Brasil (Campos Gerais, 1998), de Paulo Sergio Duarte; Tridimensionalidade: arte brasileira do século XX (2. ed. revista e ampliada Itaú Cultural/Cosac & Naify, 1999), de Annateresa Fabris, Fernando Cocchiarale e outros; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin