Chegou ao Brasil em 1881, após cursar a Academia de Belas Artes de Munique, na qual ingressou em 1873. Inicialmente residiu em Santos (SP), fixando-se mais tarde no Rio de Janeiro, onde, em colaboração com Georg Grimm, decorou o salão de honra do Liceu Literário Português. Em 1884, transferiu-se para Niterói e em 1888 naturalizou-se brasileiro. Apesar de ter se dedicado ao magistério (geralmente em substituição a Grimm), destacou-se sobretudo com os inúmeros cenários que executou para igrejas, palacetes particulares e teatros (Rio, São Paulo e Niterói). Gozou de imensa popularidade em seu tempo. Conquistou medalha de ouro na Exposição Geral de 1884. Na opinião de Carlos Roberto Maciel Levy, "sua importância terá sido a de haver possuído a melhor habilitação quanto as técnicas de pintura, com características intrinsecamente semelhantes às que Grimm praticava, tendo porém sido elas alocadas a um propósito diferente, a pintura religiosa."
A arte brasileira (Lombaerts, 1888, 2. ed. Mercado de Letras, 1995, introdução e notas de Tadeu Chiarelli), de Gonzaga Duque; Um século de pintura (Röhe, 1916), de Laudelino Freire; Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; A história de um pintor contada por ele mesmo (Diário Oficial, 1943), de Antônio Parreiras; O Grupo Grimm: paisagismo brasileiro no século XIX (Pinakotheke, 1980), de Carlos Roberto Maciel Levy; Pintores alemães no Brasil durante o século XIX (Pinakotheke, 1989), de Maria Elizabete Santos Peixoto.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin