Estudou na Escola Nacional de Belas Artes com Lucílio de Albuquerque e Henrique Cavalleiro. Em 1939 ali formou-se em Arquitetura e, no ano seguinte, em Pintura. Viveu na Europa de 1962 a 1963, entre Espanha, França e Itália. Nos anos 40 e 50 desenvolveu um abstracionismo geométrico a partir do qual foi caminhando a passos largos para a arte cinética e a arte ótica. Já nos anos 70, trabalhando com espelhos recortados e modulados, calotas de alumínio e canos plásticos, chamava o espectador a participar da obra. No espelho, a nossa imagem ("essência da imagem"), multiplicada ou deformada, passa a ser a proposta "fenomenológica" do artista. Construtivista, ele próprio chegou a se considerar uma espécie de concretista lírico, o que naturalmente o colocou à margem dos movimentos concretista e neoconcretista. Individuais no Rio de Janeiro (com destaque para a realizada no Museu Nacional de Belas Artes, em 1984) e em São Paulo. Entre as premiações atribuídas à sua obra podemos destacar: 1949, medalha de prata no Salão Nacional de Arte Moderna; 1961, viagem ao estrangeiro no mesmo salão; 1981, prêmio IBEU de melhor exposição realizada no ano de 1980, Rio de Janeiro. Presente à Bienal de São Paulo desde 1951, dedicaram-lhe sala especial em 1973. Foi também professor de arte durante muitos anos.
A criação plástica em questão (Vozes, 1970) e Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois (Collectio, 1973), de Roberto Pontual; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Política das artes: textos escolhidos I (Edusp, 1995), de Mário Pedrosa, organização de Otília Arantes; Arte construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner (DBA, 1998), coordenação editorial de Aracy Amaral; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin