Estudou desenho no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, interessando-se logo depois pela escultura de Rodin através de reproduções. Em 1913 transferiu residência para Roma, onde permaneceu por seis anos. Lá estudou com Dazzi e tomou contato com as obras de Bourdelle e Mestrovic. Voltou a São Paulo em 1919 após curta temporada em Paris. Pouco depois fixou-se em Paris, onde integrou o grupo dos fundadores do Salão das Tulherias. Embora residindo em Paris, em 1922 tomou parte, em São Paulo, da Semana de Arte Moderna ao lado de Mário e Oswald de Andrade, Di Cavalcanti, Menotti del Picchia e outros. Nos anos 30, também em São Paulo participou das exposições da Sociedade Pró-Arte Moderna e dos salões de Maio (1937 a 1939). Em 1951 foi homenageado na I Bienal de São Paulo com o prêmio de melhor escultor nacional. Na Bienal foi ainda homenageado em 1957 com sala especial. Sua obra integra os acervos do Museu de Arte de São Paulo, da Pinacoteca do Estado e do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Realizou ainda, na capital paulista, a medalha comemorativa do Centenário da Independência do Brasil (1920), a escultura Eva (1921) e o Monumento às Bandeiras, este projetado nos anos 20 e realizado posteriormente. Em 2001, inaugurou-se em São Paulo, no hall do Banco Real/ABN AMRO Bank, a mostra São Paulo de Brecheret.
Pintores e pinturas (Martins, 1940), de Sergio Milliet; Arte e polêmica (Guaíra, 1942), de Luís Martins; A cultura brasileira (Melhoramentos, 3.ª ed. 1958), de Fernando de Azevedo; História do modernismo brasileiro: antecedentes da Semana de Arte Moderna (Civilização Brasileira, 1964), de Mário da Silva Brito; O modernismo (Cultrix, 1965), de Wilson Martins; Arte e sociedade nos cemitérios brasileiros (Conselho Federal de Cultura, 1972), de Clarival do Prado Valladares; Mundo, homem, arte em crise (Perspectiva, 1975, p. 231-236), de Mário Pedrosa, organização de Aracy Amaral; De Anita ao museu (Perspectiva, 1976), de Paulo Mendes de Almeida; Um século de escultura no Brasil (MASP, 1982), textos de Pietro Maria Bardi e Jacob Klintowitz; Arte como medida (Perspectiva, 1982), de Sheila Leirner; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; A escultura de Victor Brecheret (Revan, 1989), de Sandra Brecheret e Fábio Magalhães; Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Política das artes: textos escolhidos I (Edusp, 1995), de Mário Pedrosa, organização de Otília Arantes; Tridimensionalidade: arte brasileira do século XX (2. ed. revista e ampliada Itaú Cultural/Cosac & Naify, 1999), de Annateresa Fabris, Fernando Cocchiarale e outros; 22 por 22: a Semana de Arte Moderna vista pelos seus contemporâneos (Edusp, 2000), organização de Maria Eugenia Boaventura; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff; No tempo dos modernistas: D. Olivia Penteado a senhora das artes (MAB/FAAP, 2002), organização de Denise Mattar.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin