Fez seus primeiros estudos de arte com Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1965. Três anos mais tarde, realizou cenários e figurinos para a peça A Lição, de Ionesco, encenada no Conservatório Nacional de Teatro. Em 1969 passou a trabalhar com artes gráficas, e em 1971 lecionou Arte e Percepção Visual no Instituto Villa-Lobos. Entre outras atividades, ainda nos anos 70 foi co-editor da revista Malasartes, integrou a comissão de planejamento cultural do Museu de Arte Moderna, e publicou no jornal Opinião, juntamente com Carlos Zilio, Ronaldo Brito e José Resende, o artigo O Boom, o Pos-Boom, o Dis-Boom. Participou da Bienal de São Paulo, como artista convidado em 1983 e como representante do Brasil em 1996. No exterior participou da Bienal de Havana (Cuba, 1984), da Documenta de Kassel (Alemanha, 1992), da Bienal de Veneza (Itália, 1997) e da Arco, Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madri (Espanha, 1997 e 2000), esta última com o livro-objeto Velázquez, uma tiragem de 1.500 exemplares numerados e assinados. Em 1985, Miguel Rio Branco dirigiu o filme Apaga-te Sésamo, Objetos e Esculturas de Waltercio Caldas. Em 1993 conquistou o prêmio Mário Pedrosa da Associação Brasileira de Críticos de Arte, para melhor exposição do ano, realizada no Museu Nacional de Belas Artes. Entre suas mostras mais recentes no Rio de Janeiro merecem destaque: em 1998, A Série Veneza, Centro Cultural Light; em 1999, Livros, Museu de Arte Moderna; em 2000, Uma sala para Velázquez, Museu Nacional de Belas Artes. Em 2001 e 2002, expôs em São Paulo: Gabinete de Arte Raquel Arnaud e Pinacoteca do Estado, respectivamente. Como cenógrafo, atuou na peça Alice, fragmentos de textos de Alice no país das maravilhas, de Lewis Caroll, numa adaptação de Eleonora Fabião (março de 2000). Tem trabalhos em espaços públicos como Formato Cego (Paseo de las Américas, Punta del Leste, Uruguai), O Jardim Instantâneo (Parque do Carmo, São Paulo) e Escultura para o Rio (Avenida Beira-Mar, Rio de Janeiro).
Aparelhos de Waltercio Caldas (GBM, 1979), de Ronaldo Brito; Waltercio Caldas, manual da ciência popular (Funarte, 1982), de Paulo Venâncio Filho; Arte como medida (Perspectiva, 1982), de Sheila Leirner; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995) e Monumentos urbanos: obras de arte na cidade do Rio de Janeiro (Prêmio, 1999), de Frederico Morais; Tridimensionalidade: arte brasileira do século XX (2. ed. revista e ampliada Itaú Cultural/Cosac & Naify, 1999), de Annateresa Fabris, Fernando Cocchiarale e outros; Arte internacional brasileira (Lemos, 1999), de Tadeu Chiarelli; Anos 60: transformações da arte no Brasil (Campos Gerais, 1998) e Waltercio Caldas (Cosac & Naify, 2001), de Paulo Sergio Duarte; Arte brasileira hoje (Publifolha, 2002), de Agnaldo Farias; Escultores esculturas (Pinakotheke, 2003), de Olívio Tavares de Araújo.
Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin