A Central Galeria, Vila Buarque, São Paulo, SP, tem o prazer de apresentar “alegria, uma invenção”, exposição coletiva com curadoria de Patricia Wagner que promove uma reflexão acerca do legado do modernismo no Brasil considerando o centenário da Semana de 1922 como seu marco simbólico. Partindo da premissa de que o evento Alegria, uma invenção
A Central Galeria, Vila Buarque, São Paulo, SP, tem o prazer de apresentar “alegria, uma invenção”, exposição coletiva com curadoria de Patricia Wagner que promove uma reflexão acerca do legado do modernismo no Brasil considerando o centenário da Semana de 1922 como seu marco simbólico. Partindo da premissa de que o evento, assim como suas reverberações, contribuíram para a criação de ficções alinhadas ao projeto modernista de construção da identidade nacional, a curadoria busca problematizar a caracterização do brasileiro enquanto “povo alegre” como um enredo que ganha impulso no contexto cultural do anos 1920 para se perpetuar no senso comum.
A exposição ocupa simultaneamente os três pavimentos do espaço – a galeria, no subsolo, além do primeiro andar e do mezanino do IABsp – e reúne obras de Antonio Manuel, AVAF, Camile Sproesser, Carmézia Emiliano, Cícero Dias, #ColeraAlegria, Felipe Cohen, Gustavo Torrezan, Guy Veloso, Lourival Cuquinha & Luciana Magno, Manauara Clandestina, Mano Penalva, Marcos Bonisson, Nilda Neves, OPAVIVARÁ!, Randolpho Lamonier, Santarosa Barreto, Thiago Honório, Vivian Caccuri & Gustavo Von Ha e Yhuri Cruz.
“Ao longo do século, mesmo que a tristeza nunca tenha saído do nosso vocabulário artístico, a versão do povo alegre, lúdico e cordial prevaleceu”, reflete a curadora. “Entretanto, a maneira pasteurizada como a publicidade conduziu a disseminação de uma visão uniforme do carnaval, do samba e das festas populares propiciou a consolidação de narrativas produtoras de estereótipos e exotizações. (…) “alegria, uma invenção” apresenta produções artísticas que afirmam a alegria em toda a sua complexidade. Em meio às possibilidades de criação e fabulação de mundos que a arte possibilita, o objetivo da mostra é apostar na alegria como um bem coletivo. Como potência vital nos diversos modos de existência, em sua forma prosaica ou revolucionária e que se faz e se reinventa cotidianamente nos mínimos e máximos lampejos. A mostra reúne, portanto, trabalhos cujas poéticas se abrem para a multiplicidade política-afetiva-inventiva da alegria como expansão da potência do ser.”
Até 26 de março.