O egípcio de origem judaica Leo Laniado migrou com a família do Cairo para o Brasil em 1953, aos oito anos. Parte desse contato com o país, principalmente com a Bahia, resultou em uma história de 50 anos muito bem vividos, que virou a exposição “BAHIA… MINHA”, com estreia marcada para 14 de março, na Galeria Hugo França, dentro da programação em torno do Festival de Música de Trancoso.
A mostra – até 29 de abril – reúne mais de 40 obras, selecionadas dos seus últimos sete anos intensos de produção, impressas com alta tecnologia em papel de algodão. Nas produções, o artista, que chama a Bahia de “a casa fora da casa”, o artista questiona as semânticas da cor em desenhos em tons ocres, carregados de história e permeados por “coisas que estavam lá atrás e estão ressurgindo”, como explica.
Segundo o artista, as obras foram, instintivamente, trazendo elementos do cotidiano baiano, como o mar, côco e velas, não com o objetivo pré-definido de fazerem parte de uma exposição, mas porque são memórias saudosas e genuínas. “Maré Alta”, “Luz ao Entardecer”, “Pescadores”, “Namorados”, “Mesa Posta”, “Sábado”, “Contemplação” e “Praia do Itaipe” são algumas das obras com nomes autoexplicativos.