Nos dias 25 e 26 de março (sábado e domingo), o artista André Ricardo participa de duas atividades educativas na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS. Os encontros são gratuitos e ocorrem sempre das 15h às 17h.
Em diálogo com sua exposição “André Ricardo: Da pintura necessária”, ele é o convidado da Formação para Professores e Educadores. Durante o encontro, que ocorrerá no sábado, no auditório da Fundação Iberê Camargo, ele falará sobre a técnica de pintura com têmpera ovo e os processos englobados nessa produção. Compartilhará o seu desenvolvimento artístico, além de suas experiências na educação.
No domingo, na sala do Programa Educativo, André Ricardo ministra a Oficina Têmpera Ovo. A vivência com os materiais e procedimentos básicos da técnica será tangenciada pela introdução de suas origens. A técnica, que remete ao processo artesanal e pré-industrial, também adotada na Idade Média, consiste na mistura do pigmento, que é a matéria seca, em pó, com o aglutinante à base do ovo.
“O fato de fazer a minha própria tinta me dá uma relação muito mais próxima com a cor. E quando eu penso na cor, busco na memória afetiva. Cresci na periferia, minha casa tinha o piso vermelho de cera, a parede lavada de cal verde. E a têmpera me ajuda a alcançar a lembrança dessas cores”, explica o artista.
Da pintura necessária
Com curadoria de Claudinei Roberto da Silva (SP), “André Ricardo: Da pintura necessária” apresenta 56 obras produzidas com têmpera ovo. Grande parte dos trabalhos será exposto pela primeira vez, entre eles, um pequeno conjunto de pinturas produzidas em NY, em 2022. Neste conjunto é marcante, por exemplo, a familiaridade com uma visualidade de matriz popular e afro-brasileira. Composições que buscam responder ao anseio do artista pela construção de uma memória, algo que possa ajudar a entender sua própria identidade e, por conseguinte, como artista.