Um dos principais nomes da performance brasileira contemporânea, Tiago Sant’Ana iniciou o ano com agenda cheia. Com a exposição “Baixa dos Sapateiros” – em cartaz na Simone Cadinelli Arte Contemporânea -, que foi prorrogada até 28 de fevereiro, neste mês o artista reuniu carnaval e arte contemporânea. No dia 9, Tiago apresentou uma obra no Baile da Aurora Sincera!, no Solar dos Abacaxis, junto com mais 29 artistas investigando e experimentando a poderosa intercessão entre carnaval, política e arte. O evento contou com dois blocos, show surpresa e DJs.
O artista também participa da exposição “Uma delirante celebração carnavalesca – O legado de Rosa Magalhães”, no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, com uma homenagem à trajetória de Rosa Magalhães, com duração de 40 dias, até 27 de abril. A mostra faz parte do projeto Carnavalize, que resgata a história da folia e homenageia diversas personalidades do Carnaval.
A exposição foi dividida em três núcleos temáticos: “Os Brasis e Brazis”, “Antropofagia Cultural” e “O Imaginário Viajante”. Neste contexto, Tiago Sant’Ana e os outros artistas convidados realizaram uma releitura do universo da artista, marcando a importância e reverberação do trabalho da carnavalesca no universo folião por várias gerações.
Sobre o artista
Tiago Sant’Ana nasceu em Santo Antônio de Jesus, Bahia, em 1990. É artista performático, doutorando em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia. Desde o ano de 2009 desenvolve pesquisas em performance e seus possíveis desdobramentos. Como artista, seus trabalhos imergem nas tensões e representações das identidades afro-brasileiras – tendo influência das perspectivas decoloniais. Foi um dos artistas indicados ao Prêmio PIPA 2018. Realizou a exposição solo “Casa de purgar”, 2018, no Museu de Arte da Bahia e no Paço Imperial, no Rio de Janeiro. Participou de festivais e exposições nacionais e internacionais como “Histórias Afro-atlânticas”, 2018, no MASP e no Instituto Tomie Ohtake, “Axé Bahia: The power of art in an afro-brazilian metropolis” – 2017 – 2018, no Fowler Museum at UCLA, “Negros indícios”, em 2017, na Caixa Cultural São Paulo, “Reply All”, em 2016, na Grosvenor Gallery, e “Orixás”, 2016, na Casa França-Brasil. Entre 2016 e 2017 foi professor substituto do Bacharelado Interdisciplinar em Artes na Universidade Federal da Bahia.