“Fragmentos da memória” é a segunda individual póstuma de Claudio Goulart no Brasil e a primeira realizada em São Paulo, na Galeria Zielinsky, Higienópolis, onde permanecerá em cartaz até 27 de julho. Com a intenção de resgatar a trajetória e a obra do artista, a mostra propõe um olhar atento à sua produção que, mesmo com projeção internacional, é pouco conhecido no cenário brasileiro. A exposição parte da íntima relação de Claudio Goulart com a memória, temática que atravessa suas criações e se faz presente em imagens apropriadas e de referências históricas, bem como em fragmentos de paisagens por onde passou e habitou. Com curadoria de Fernanda Soares da Rosa, pesquisadora e doutoranda em Artes Visuais (PPGAV-UFRGS), a mostra é uma parceria com a Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, RS que, desde 2015, é a responsável pela salvaguarda do acervo do artista.
Sobre o artista
Nascido em Porto Alegre em 1954 e radicado em Amsterdã desde meados dos anos 1970, Claudio Goulart emergiu como uma figura proeminente no cenário artístico holandês. Sua presença foi marcada por uma atuação intensa, dedicando-se à concepção e realização de projetos em instituições locais, como a Time Based Arts e a Other Books and So. Além disso, sua obra foi reconhecida internacionalmente, com participações em numerosas exposições individuais e coletivas em diversos países ao redor do mundo. Desde Portugal, Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Suíça, Inglaterra e Croácia até destinos como Islândia, Cuba, Costa Rica, México, Japão e China, transcendeu fronteiras geográficas através de seus trabalhos. Colaborando com uma rede direcionada de artistas latino-americanos e europeus, Claudio Goulart criou obras em parceria com nomes, dentre outros, como Vera Chaves Barcellos, Flavio Pons, Paulo Bruscky, Ulises Carrión, Aart van Barneveld, Raul Marroquin e David Garcia.