A retrospectiva de Willys de Castro na Pinacoteca do Estado, Praça da Luz, São Paulo, SP, abrange 130 obras do artista cujo pretígio é bastante crescente tanto nos Estados como na Estados Unidos e na Europa. Cada vez mais procurado por colecionadores estrangeiros, os trabalhos de Wyllis de Castro, falecido em 1988, tendem a seguir os mesmo passos da obra de Lygia Clark e Helio Oiticia. Um previsão segura para os anos vindouros. Sob a curadoria de Regina Teixeira de Barros, encontram-se em exibição telas, desenhos, estudos e vários trabalhos tridimensionais. A grande maioria das obras pertencem à Pinacoteca, sendo que um total de 56 peças são doações do companheiro do artista, o pintor Hércules Barsotti, falecido em 2010, mas doadas em 2001. As demais peças da mostra pertencem à Coleção Patricia Phelps de Cisneros, coleção venezuelana, acervos particulares do Brasil, mais o IAC e o Museu de Arte de São Paulo.
Nascido em Uberlândia, MG, Willys de Castro mudou-se para São Paulo na adolescência. Atuou durante anos na área de design gráfico, realizou pesquisas das diversas correntes construtivistas e dialogou com o Grupo Ruptura, de Waldemar Cordeiro. Os trabalhos mais antigos exibidos na mostra são estudos para pinturas realizados a partir de 1952, nos quais as formas geométricas e a atenção às cores sobressaem. Nos “Objetos Ativos”, o artista mescla pintura e escultura da passagem da década de 50 para a de 60, quando atinge, segundo a críica nacional, sua plenitude criativa. Em certos momentos, apenas uma pequena tira vertical de madeira já instiga o espectador. A série deu origem, mais tarde, aos chamados “Pluriobjetos”, relevos de parede feitos de materiais como madeira, alumínio ou aço, alguns deles presentes na exposição.
Até 14 de outubro.