A Mais Um Galeria de Arte, Ipanema, Rio de Janeiro, inaugurou com com a exposição “Damien Hirst”, reunindo dezenove trabalhos do artista inglês Damien Hirst, um dos nomes icônicos da atualidade. Encontram-se nesta mostra trabalhos em papel, em tiragem limitada, das séries dedicadas a medicamentos, que trazem seus famosos pontos coloridos e o armário com pílulas, e ainda as que têm como tema borboletas, tanto em fundo preto, branco, ou formando imagens caleidoscópicas.
Também consta nessa exibição o cobiçado trabalho do trabalho do artista denominado “For the Love of God”, em impressão lenticular sobre plástico, que propicia um efeito holográfico. Há serigrafias e gravuras em metal, algumas em água forte (baixo relevo),
com aplicações manuais de verniz e poeira de diamantes. As obras foram editadas pela prestigiosa Other Criteria, de Londres, parceira no Brasil da Mais Um Galeria de Arte. A exposição tem consultoria curatorial de Fernando Cocchiarale.
A Mais Um Galeria de Arte terá como característica principal oferecer obras múltiplas em vários suportes – gravuras, fotografias, vídeos e esculturas – em associação com importantes editoras brasileiras e estrangeiras.
A colecionadora Maria Cassia Bomeny decidiu expandir sua paixão pela arte para um espaço aberto ao público. “Após um ano de desenvolvimento do projeto da galeria, decidi por uma casa preservada e megassimpática na Rua Garcia D’Ávila, Ipanema. Vamos apresentar artistas brasileiros e estrangeiros através de trabalhos múltiplos com uma curadoria criteriosa, visando à qualidade da formação da coleção para nossos clientes”, explica.
Importância da obra múltipla
Fernando Cocchiarale ressalta que “múltiplo não é réplica”. “Não pode ser reduzido a mera reprodução, já que ao diferir da obra única – graças a possibilidades poéticas fundadas na reprodutibilidade – amplia o campo de invenção e criação do artista para além da produção de “originais”. O múltiplo não é simplesmente a edição baseada em uma obra única. Tem suas questões próprias. Faz parte de seu conceito ser multiplicado. É uma modalidade de produção”, explica. “Há que ressalvar escultores que querem trabalhar com diferentes escalas, produzindo múltiplos especiais”. “Se olharmos para a história da arte há várias obras múltiplas que se tornam ícones, como por exemplo “Seja marginal seja herói” (1968) e “Mangue Bangue” (1971), de Hélio Oiticica, vários trabalhos de Lygia Pape, Nelson Leirner, Anna Bella Geiger, Andy Warhol, e do próprio Damien Hirst”. Ele acrescenta que “o múltiplo permite acesso à compra de determinadas obras de arte que de outra forma as pessoas não teriam, criando possibilidades de se organizar coleções com critério, e o colecionismo transforma o conjunto como algo maior do que simplesmente a soma das partes”.
Vídeoarte na vitrine
A vitrine da Mais Um Galeria de Arte terá uma permanente exibição de vídeoarte, que começará com Antonio Dias, em janeiro, e seguirá com uma programação dedicada a artistas mulheres, com seleção de Fernando Cocchiarale. Maria Cassia Bomeny destaca que “esta é uma forma de interagir com quem passa pela rua, e também uma bela maneira de aproximar o público”.
Programação para 2016
Dentre as exposições agendadas para o próximo ano, estão a de Antonio Dias, Roberto Magalhães, Richard Serra e Alberto Burri – que é tema de uma grande exposição no Guggenheim de Nova York, aberta em outubro e que segue até 6 de
janeiro.
Sobre Damien Hirst
Damien Hirst nasceu em Bristol, Inglaterra, em 1965. Ele chamou a atenção do público em 1988 quando concebeu e fez a curadoria de “Freeze”, uma exibição de seu trabalho e de seus contemporâneos no Goldsmiths College, em um armazém desativado em Londres. Desde então se tornou internacionalmente um dos mais reconhecidos e influentes artistas de sua geração.
Até 16 de janeiro de 2016.