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AGENDA CULTURAL

Decio Vieira livro e exposição no MAR

A FGV Projetos lançou o livro “Decio Vieira”, primeira publicação sobre a vida e obra do importante artista neoconcretista brasileiro, idealizada pelo diretor Cesar Cunha Campos. O lançamento foi realizado no MAR, Museu de Arte do Rio, Centro, Rio de Janeiro, RJ, junto à inauguração da exposição com obras do pintor, organizada por Paulo Herkenhoff. A partir de uma pesquisa desenvolvida ao longo de dois anos, “Decio Vieira” reúne 200 imagens e apresenta as diversas fases e experiências do artista, incluindo suas primeiras exposições, as amizades, leituras e influências, com destaque para Ivan Serpa e Alfredo Volpi. A obra também valoriza a iniciativa da Fundação Getulio Vargas, que na década de 1940 formou uma geração de artistas por meio do Curso de Desenho de Propaganda e de Artes Gráficas, onde em 1946, Decio Vieira iniciou sua carreira artística.
A publicação, a primeira sobre o artista, tem textos assinados por Paulo Herkenhoff, diretor cultural do MAR, e colaboração de Frederico Morais, e é um percurso pela vida e obra do artista, por meio de suas diversas experiências e formas de expressão. Com 428 páginas e mais de 200 fotos, o livro apresenta as suas diversas fases e contextualiza as primeiras exposições, amizades, leituras e influências, com especial destaque para Ivan Serpa. Apresenta também a colaboração de Alfredo Volpi, a partir da parceria que estabeleceram ao trabalhar juntos no painel Dom Bosco, no Palácio dos Arcos, em Brasília, em 1966. Além disso, inclui o artigo inédito “Decio Vieira e o neoconcretismo: vigor e lirismo”, escrito pelo crítico de arte Frederico Morais, coordenador dos cursos do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro enquanto Decio lecionava na instituição, nos anos 1970.
“O parco conhecimento do significado histórico da trajetória de Decio Vieira revela as dificuldades de se mapear o projeto construtivo em profundidade e o apego aos principais nomes já consagrados pelo sistema da arte. Espera-se, com essa publicação e a mostra, que a produção do artista venha a ser melhor conhecida e que novos estudos de sua obra possam ser estimulados”, afirma Paulo Herkenhoff.

 

 

Sobre o artista

 

Ainda na década de 1950, Decio Vieira participou do movimento neoconcreto e assumiu a liderança do Grupo Frente, considerado um marco no movimento construtivo das artes plásticas no Brasil e composto por nomes como Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape e Antonio Bandeira. A partir da segunda metade dos anos 1960 o artista viu sua carreira se consolidar com uma exposição individual no Hotel Copacabana Palace e o trabalho com Volpi no afresco Dom Bosco, para o Palácio dos Arcos, em Brasília. Já na década de 1970, Decio criou um projeto de educação artística para crianças na Rocinha e começou a lecionar no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, nos cursos coordenados pelo crítico de arte Frederico Morais, autor de “Decio Vieira e o neoconcretismo: vigor e lirismo”, artigo inédito a ser lançado como um dos capítulos da publicação da FGV Projetos.  Decio Vieira esteve entre os artistas que, na década de 1950, estavam ligados aos movimentos concreto e neoconcreto, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Esteve ao lado de Alfredo Volpi, Antonio Bandeira, Aluísio Carvão, Lygia Clark, Anna Bella Geiger, Fayga Ostrower, Abraham Palatnik e Ivan Serpa, que lideraram o Grupo Frente, considerado um marco no movimento construtivo das artes plásticas no Brasil.

 

 

Até 09 de agosto.

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