A Pinacoteca do Estado, Luz, São Paulo, SP, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São
Paulo, exibe até 27 de setembro a exposição “Marino Marini: do arcaísmo ao fim da forma”.
Com curadoria de Alberto Salvadori, diretor do Museo Marino Marini em Florença, a exposição
é a primeira retrospectiva no Brasil do artista italiano reconhecido mundialmente por suas
esculturas em bronze, e um dos nomes fundamentais da arte moderna italiana.
A mostra proporciona ao público uma visão ampla e generosa da produção artística de Marini,
expondo 68 peças, entre esculturas, pinturas e desenhos, de distintos períodos de sua carreira
e reúne obras das duas importantes instituições dedicadas à obra do artista na Itália, o Museo
Marino Marini de Florença e da Fondazione Marino Marini de Pistoia – cidade natal de Marini.
A exposição “Marino Marini: do arcaísmo ao fim da forma”, tem patrocínio da Pirelli e apoio do
Istituto Italiano di Cultura di San Paolo. Esta iniciativa faz parte do “Ano da Itália na América
Latina” promovido pelo Ministério das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional da
Itália e já foi apresentada na Fundação Iberê Camargo em Porto Alegre.
Sobre o artista
Nascido em Pistoia (1901 – 1980), na região da Toscana, Marini cresceu cercado pelas
influências da vizinha Florença, nutrindo uma forte ligação com a arte etrusca e com a arte
egípcia pertencente aos museus da região, desenvolvendo em sua obra quatro temáticas em
particular: o retrato, a Pomona – a encarnação do eterno feminino –, os cavalos e os cavaleiros
e o circo. Por este último era extremamente fascinado, sentindo-se intrigado pela natureza do
ofício do malabarista, do palhaço e dos acrobatas. “A relevância de Marino Marini foi de um
artista que não se comportou como um filólogo, não aceitou os dados históricos consumidos
pelo estudo e pela interpretação antropomorfa do sujeito, mas revelou, no seu trabalho, uma
dimensão de atualidade da matéria numa relação direta entre homem e sujeito”, destaca
Alberto Salvadori.