Grandes representantes da arte visual brasileira da segunda metade do século XX já partiram
deixando saudades, mas perpetuam-se na história através de suas criações. A exposição “Era
só saudade dos que partiram”, no Museu Afro Brasil, Parque do Ibirapuera, Portão 10, São
Paulo, SP, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, homenageia alguns dos
artistas que fazem parte da trajetória artística do artista plástico Emanoel Araújo, fundador e
Diretor Curador da instituição.
A mostra é composta por aproximadamente 40 obras, entre pinturas, gravuras, esculturas e
fotografias, que revelam a diversidade de personalidades marcantes que partiram nos últimos
anos, como Antônio Henrique Amaral, Antonio Maluf, Arcangelo Ianelli, Edival Ramosa, Gilvan
Samico, Hércules Barsotti, Ivens Machado, Odetto Guersoni, Marcelo Grassmann, Maria Lidia
Magliani, Mestre Didi, Sonia Castro, Tomie Ohtake e Otávio Araújo, recém-falecido, aos 89
anos, no último dia 25 de junho de 2015.
Emanoel Araújo comenta: “Esta exposição é uma homenagem à memória dos artistas plásticos
brasileiros, falecidos em diferentes momentos, deixando lembranças das suas humanidades e
de suas criações.”
Alguns destes artistas fazem parte do Acervo do Museu Afro Brasil, como: Maria Lidia Magliani
(1946 – 2012), artista irreverente e marcante com suas pinceladas e cores; Mestre Didi (1917 –
2013) um “sacerdote-artista”, que foi um dos fundadores de uma linguagem afro-brasileira
com sua obra escultórica; Arcangelo Ianelli (1922 – 2009) que com cores fortes e uma
particular geometria, o acompanhou por toda sua vida em suas pinturas e esculturas; Edival
Ramosa (1940 – 2015), autor de pinturas, objetos, esculturas e jóias que se manteve fiel as
suas escolhas formais e cromáticas por toda sua carreira, unindo materiais naturais e
industriais e Otávio Araújo (1926 – 2015), que produziu gravuras, desenhos e pinturas
sensuais, aglutinadoras de uma poesia de mistérios e imagens e evocadoras de uma magia
atemporal.
De 18 de agosto a 18 de outubro.