Essa obra, em construção, busca evidenciar a importância da participação de cada um nesse momento. “Estamos acostumados a apontar dedos, ao passo que não fazemos nada para contribuir com a construção de um mundo melhor”, diz Eva. Quando finalizada, “Por um Fio” será um registro da urgência da sociedade enxergar seu poder em um momento de transformação.
Suspenso por um cabo de aço, no centro do espaço expositivo, um globo em estrutura de ferro,com os continentes delineados com fios em uma tela plástica, representa a peça central da exposição. Diversos materiais têxteis serão disponibilizados, permitindo ao público uma interação completa e participação ativa na “construção de um novo mundo”. “O convite é que o público possa interagir com a obra, costurando, bordando ou tecendo um novo mundo, um mundo sem fronteiras”, explica Eva Soban. Complementando o cenário, fios, fibras diversas, tecidos e demais materiais, serão posicionados de forma a ficarem pendentes do teto ao chão, como uma cortina de possibilidades.
O momento atual é de grandes acontecimentos, mas também de reflexão, superação e reconstrução. É possível notar uma sensação de despertar coletivo, com mais pessoas indo para as ruas protestar, defender seus direitos, seu espaço na sociedade, pessoas que entendem e aceitam as diferenças. “Estamos ligados por um fio; um fio frágil e quebradiço, mas esse fio ainda traz esperança. Pois é através de momentos como esses que as mudanças ocorrem”, declara Eva Soban. “POR UM FIO” é um convite ao espectador, para que ele pare, reflita e ajude a reconstruir o mundo.
Sobre a artista
Graduada em sociologia e política, com cursos livres em fotografia e artes plásticas, Eva Soban tem 40 anos de experiência e vivência com arte, utilizando em seu trabalho fios, fibras, plásticos e tecidos, que ela transforma em obra com formas e texturas exclusivas. Entre as principais exposições internacionais, estão a Bienal Internacional de Arte Têxtil – 2011 – Museo Diego Rivera – México; o “Projeto Empezar”- 2010 -Barcelona – Espanha; “A View of Today’s Brazilian Textile Art”. Museu Rudentarn, 1995 – Copenhagen – Dinamarca. No Brasil, participou da SP-Arte 21016, Mostra Internacional de Arte Contemporânea – 2011- Paraty; “100 Designers do Brasil“- 1999 e “500 Anos de Design no Brasil” – 2001, ambas na Pinacoteca do Estado – SP; Exposição de Arte Lúdica MASP – 1979 – SP; 1ª, 2ª e 3ª Trienal de Tapeçaria no Museu de Arte Moderna MAM –1976, 1979, 1982 – SP. Em junho de 2015 expôs “Floresta Negra”, no Museu de Arte de Joiville. Em 2016, exibiu “Floresta Negra II” no Museu Afro Brasil, SP e da coletiva “Artistas da Tapeçaria Moderna II”, Galeria Passado Composto, SP. O manuseio com as fibras lhe garante um grande conhecimento da linguagem.
De 10 de novembro a 29 de janeiro de 2017.