O evento “Diálogos com a obra de Maria Lucia Cattani” apresenta seminário, lançamento de publicações e recital no dia 11 de outubro, terça, no Instituto de Artes da UFRGS, Centro, Porto Alegre, RS, com entrada franca para todas as atividades.
Programação
Evento: “Diálogos com a obra de Maria Lucia Cattani”:15h30: Seminário “Múltiplos e Únicos”, com Carlos Martins, Jailton Moreira e Paulo Silveira; 18h: lançamento das publicações “Vaga-Lume: mostra de vídeo experimental (2002-2011)” e “A última parede”; 18h30: “Lecture-recital: “Scattered Loves”’, de Celso Loureiro Chaves, e ‘Um ponto ao Sul’, de Maria Lucia Cattani: intersecções composicionais”, com Celso Loureiro Chaves e vídeo de Marta Biavaschi.
Locais de realização dos eventos: Seminário e lançamento das publicações: Pinacoteca do IA/UFRGS (Rua Senhor dos Passos, 248, primeiro andar); recital: Auditorium Tasso Corrêa do IA/UFRGS.
Nesta terça-feira, 11 de outubro de 2016, acontecem no Instituto de Artes da UFRGS as atividades do evento “Diálogos com a obra de Maria Lucia Cattani”. Das 15h30 às 18h, será realizado na Pinacoteca Barão de Santo Ângelo o Seminário “Múltiplos e Únicos” com Carlos Martins, Jailton Moreira e Paulo Silveira. O Seminário busca estabelecer um diálogo com a obra de Maria Lucia Cattani, em exposição na Pinacoteca do IA/UFRGS até o dia 27 de outubro.
Logo a seguir, às 18h, serão lançadas as publicações Vaga-Lume: mostra de vídeo experimental (2002-2011), com organização de Elaine Tedesco e Lu Rabello, e A última parede, com organização de Nick Rands, ainda na Pinacoteca Barão de Santo Ângelo do IA/UFRGS.
Finalmente, às 18h30, no Auditorium Tasso Corrêa do IA/UFRGS, haverá a “Lecture-recital: ‘Scattered Loves’, de Celso Loureiro Chaves, e ‘Um ponto ao Sul’, de Maria Lucia Cattani: intersecções composicionais”, com Celso Loureiro Chaves e vídeo de Marta Biavaschi.
A exposição “Maria Lucia Cattani: Gestos e Repetições” tem curadoria de Maristela Salvatori e Paulo Silveira e traz a público um panorama da obra Maria Lucia Cattani (1958 – 2015), importante artista que integrou uma geração que ganhou projeção a partir dos anos oitenta e atuou como pesquisadora e docente no IA/UFRGS, tendo integrado o corpo docente de seu Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV) de 1991 até sua aposentadoria, em 2013.
As atividades buscam preservar a memória e render homenagem à Maria Lucia Cattani. Tem entrada franca sem necessidade de inscrição prévia e fazem parte da programação comemorativa aos 25 anos do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do IA/UFRGS. Promovidas pelo Grupo de Pesquisa Expressões do Múltiplo/CNPq, tem apoio da Pró-Reitoria de Extensão e da Pró-Reitoriade Pesquisa da UFRGS, da ADUFRGS Sindical e do Atelier de Massas.
Sobre os participantes do evento “Diálogos com a obra de Maria Lucia Cattani”.
Carlos Martins
Gravador, desenhista, museólogo, curador, professor. Na década de 1960, muda-se para São Paulo. Forma-se em arquitetura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 1969. Três anos depois, estuda desenho e pintura na Escola Brasil. Entre 1973 e 1977, viaja para a Europa e frequenta cursos de gravura em metal na Chelsea School of Art, na Sir John Cass School of Arts e na Slade School of Arts, na Inglaterra. Na Itália, em Urbino, frequenta a Academia Raffaelo. De volta ao Brasil, em 1978, participa do 1º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Museu Nacional de Belas Artes – MNBA. Expõe na 2ª Bienal Iberoamericana, realizada pelo Instituto Cultural Domecq, no México, em 1980. Recebe, em 1982, o prêmio de melhor gravador pela Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA. Em 1986, viaja para Nova York para estudar monotipia. Ao retornar ao Brasil, leciona gravura na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC/RJ e no Museu Histórico do Ingá, em Niterói, Rio de Janeiro. Em 1984, funda o Gabinete de Gravura do Museu Nacional de Belas Artes e, entre 1991 e 1995, dirige os Museus Castro Maya, no Rio de Janeiro. Ao lado de Valéria Piccoli, torna-se curador da Coleção Brasiliana de Jacques Kugel, em 1996. Adquirida pela fundação inglesa Rank-Packard, essa coleção vem para o Brasil, em regime de comodato, sob responsabilidade da Fundação Estudar, e, em 2002, é doada em caráter definitivo. Em 2006, com Valéria Piccoli e EddyStols, publica o livro O Diplomata e Desenhista Benjamin Mary e as Relações da Bélgica com o Império do Brasil.
Jailton Moreira
Vive e trabalha em Porto Alegre. Bacharel em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes da UFRGS. Como artista participou de várias exposições individuais e coletivas com destaque para “Trabalhos Insistentes” – Galeria Obra Aberta, Porto Alegre, RS (2002), III e V Bienal de Artes Visuais do Mercosul , Porto Alegre, RS (2001/2005), Panorama de Arte Brasileira do MAM de São Paulo, São Paulo SP (2001/2003/2005), “Tropicália – A Revolution in Brazilian Culture” – MAC de Chicago e Barbican Gallery de Londres (2005), V e X Salão Nacional de Artes Plásticas, FUNARTE/INAP, Rio de Janeiro, RJ (1982/1988). Como curador destacam-se a participação no projeto Rumos Visuais Itaú Cultural (1999/2003), e a exposição Convivências – 10 Anos da Bolsa Iberê Camargo, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre (2010/2011). Criador do Torreão (1993/2009), junto com Elida Tessler, espaço de reflexão e criação de arte contemporânea em Porto Alegre. Ministrou cursos de história da arte por várias cidades brasileiras.
Paulo Silveira
Professor no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atuando na graduação e na pós-graduação. Bacharel em Artes Plásticas (com habilitações em Desenho, 1986, e em Pintura, 1988) e em Comunicação Social (1980) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestre e Doutor em Artes Visuais pela UFRGS (1999 e 2008, ênfase em História, Teoria e Crítica da Arte), incluindo estágio de pesquisa junto a Université Paris 1, Panthéon-Sorbonne (2006). Pesquisador em história e teoria da arte, com ênfase no estudo da linguagem e contexto de obras e dispositivos instauradores da arte contemporânea, intermídia histórica, percepção da obra de arte, estética e retórica das publicações de artistas e metodologia da pesquisa. Membro do Comitê Brasileiro de História da Arte, CBHA, e da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas, ANPAP (comitê de História, Teoria e Crítica de Arte). Colaborador de instituições acadêmicas, grupos de pesquisa e publicações do Brasil e do exterior. Criador e coordenador do Fundar: grupo de pesquisa sobre instauradores da arte contemporânea (UFRGS/CNPq). Juntamente com Maria Lucia Cattani, colaborou com o projeto What will be the canon for the artist’s book in the 21st Century?, University of West of England, Bristol (2010).
Celso Loureiro Chaves
Compositor, pianista e arquiteto, ele é Doutor em Artes Musicais pela University of Illinois at Urbana-Champaign, nos Estados Unidos, e professor de História da Música e Composição Musical do Instituto de Artes da UFRGS, além de professor-orientador do Programa de Pós-Graduação em Música da Ufrgs. Atualmente é Pró-Reitor de Pós-Graduação na UFRGS. Como intérprete de piano é uma presença respeitada no circuito musical erudito da capital. Em 1994 gravou o CD Uma ideia de café, com a obra para piano de Armando Albuquerque, o qual foi lançado posteriormente em 2001. Seu livro Memórias do Pierrô Lunar foi lançado pela L&PM em 2006. Seu segundo CD, o primeiro com composições de sua autoria, “Balada para o avião que deixa um rastro de fumaça no céu”, foi lançado em 2013 no Salão de Atos da UFRGS, em Porto Alegre, com participação da pianista Luciane Cardassi e da Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro, sob a regência de Antônio Carlos Borges Cunha. Por esse CD, Celso recebeu em 2014 o Prêmio Açorianos de Melhor Compositor Erudito.