O Ateliê397, Vila Madalena, São Paulo, SP, com apoio da Secretaria de Cultura do Estado de
São Paulo – via ProAC apresenta a exposição “Faça aqui”, em que a artista Ana Luiza Dias
Batista mostra seis trabalhos novos. “Faça aqui” é a nova exposição de Ana Luiza Dias Batista
no Ateliê397, na qual a artista apresenta trabalhos inéditos. O nome da exposição é retirado
de placas que ficam em frente a pequenos estabelecimentos comerciais, anunciando seus
serviços. Um dos referentes importantes para a construção de parte dos trabalhos em exibição
são os chaveiros, esses pequenos comércios, portinhas ou quiosques que, por ocuparem um
espaço reduzido, acabam por criar curiosas estratégias para expandir sua visibilidade no
espaço público.
Em um de seus trabalhos a artista se utiliza de chaves descartadas, construindo um chão de
chaveiro (cimento com chaves incrustradas) na calçada em frente ao espaço expositivo e no
corredor externo do Ateliê397. Dentre as chaves presas no chão, está a que abre a porta do
Ateliê. Outros trabalhos integram a mostra: uma instalação sonora, na entrada do galpão; uma
obra feita com um miolo de fechadura colocado diretamente na parede que gira
incessantemente; um trabalho feito com buchas e parafusos – também na parede – formando
um jogo “Resta um”; um cofre cortado de modo a lembrar um cubo-mágico, além de uma
instalação com placas de chaveiros em forma de chaves gigantes.
A exposição dá continuidade à investigação da artista, que frequentemente trabalha com
objetos já conhecidos, modificando seus tamanhos, seu funcionamento, seu trajeto, suas
proporções. Tais alterações acrescentam-lhes camadas, criam pequenos enigmas,
interrupções, estabelecem novos significados. Com uma obra na qual a relação estabelecida
entre os objetos de arte e os espectadores tem papel importante, a artista propõe uma
experiência onde a suspensão do entendimento imediato e cotidiano é estendida,
intensificando os efeitos do contato com a arte.
Sobre a artista
Ana Luiza Dias Batista nasceu em São Paulo em 1978. Em 2000 formou-se em artes plásticas na
ECA-USP. Em 2001 fez individuais no Centro Cultural São Paulo e na galeria Adriana Penteado,
São Paulo. No ano seguinte realizou, com Eurico Lopes e Rodrigo Matheus, o Plano Copan,
projeto independente no edifício paulista. Participou das coletivas 20 anos – 20 artistas, 2002,
CCSP, To be political it has to look nice, 2003, Apexart, Nova York, MAM [na] Oca, São Paulo,
2006 e do simpósio São Paulo S.A., Situação n. 2, 2002. Expôs individualmente no Centro Maria
Antônia, São Paulo, 2004. Recebeu a Bolsa Pampulha e, em 2007, apresentou individual no
Museu da Pampulha, Belo Horizonte. No ano seguinte concluiu mestrado em artes visuais na
ECA/USP e, ainda em São Paulo, realizou, com Laura Andreato e João Loureiro, Vistosa, projeto
independente contemplado no Prêmio Conexão Artes Visuais da Funarte. Em 2009,
apresentou a individual Programa na Estação Pinacoteca, São Paulo, e recebeu prêmio da
Secretaria de Cultura de São Paulo. Fez individuais nas galerias Mendes Wood, São Paulo (2010
e 2011), Ybakatu, Curitiba (2010) e Marília Razuk, São Paulo (2015). Em 2013 participou, entre
outras, das exposições Beyond the Library, Frankfurt Buchmesse / Hall 4.1, Frankfurt, e Itochu
Aoyama Art Square, Tokyo, Conversation Pieces, NBK, Berlin, Imagine Brazil / Artist’s Books,
Astrup Fearnley Museet, Oslo, e Économie Domestique, La Maudite, Paris. Em 2014, concluiu
seu doutorado na ECA-USP.
De 10 de agosto a 04 de setembro.