Treze obras e uma performance compõem a temporada-relâmpago de mostra dedicada a Fernando Zarif (1960-2010). Trata-se de criações do artista que vão ocupar o MAM-RIO, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, de quinta (20) a domingo (23). Morto em 2010, aos 50 anos, Fernando Zarif nunca se preocupou muito em divulgar sua obra. Realizou apenas nove individuais, pouco diante de intensa vida intelectual: sua casa foi ponto de encontro de artistas como Tunga, Lenora de Barros e Jac Leirner, entre muitos outros. Sua rica produção, de cerca de 2 000 obras, nos mais variados suportes e técnicas, está sendo catalogada pela família. Trezentas delas compõem o livro “Fernando Zarif – Uma Obra a Contrapelo”, organizado pelo artista José Resende, que será lançado na abertura, quinta (20), no Museu de Arte Moderna. No mesmo dia, a instituição inaugura a temporada-relâmpago de uma mostra com treze criações de Zarif, entre desenhos, telas, colagens e objetos, no foyer. Na abertura, entre 18h e 21h, e no sábado (22), das 16h às 18h, o espaço será ocupado por uma reconstituição da última performance do artista, realizada no Rio há cinco anos – agora conduzida pela atriz e diretora Bia Lessa, sua filha, Maria Borba, e amigos de Zarif. Nela, os espectadores são convidados a folhear os cadernos que o artista recheou de textos, ilustrações e colagens.
Fonte: Rafael Teixeira-VEJA-Rio