O artista plástico brasileiro Flavio Cury, da Universidade de Artes de Zurique (ZHdK), apresenta a instalação “Desexistir”, composta por duas projeções de vídeo e montagens de seu acervo pessoal de imagens. A inauguração de sua exposição, – a instalação “DESEXISTIR” -, acontecerá dia 04 de agosto, às 18 horas, no Lobby da swissnex Brazil, Rua Cândido Mendes, 157, Glória, Rio de Janeiro, RJ.
A instalação é uma resposta do artista a uma viagem para a Grécia e o Líbano no começo de 2017. O tema proposto para a viagem foi “Arte e Crise”. Como as “artes” podem reagir a uma crise humanitária sem instrumentalizá-la?
A resposta do Flavio Cury para a viagem e para o programa é uma reflexão sobre o conceito das fronteiras como limites fictícios inventados pelo homem. Em seu trabalho, ele investigou a existência absurda de fronteiras no alto mar.
A obra deixa espaço para várias interpretações. A cor do mar é vermelha ,o que suscita referências simbólicas. Pode, por exemplo, ser interpretada como uma insinuação à violência urbana no Brasil e às fronteiras como bordas invisíveis que separam a sociedade.
O trabalho é poético e as projeções são acompanhadas por um som, criado a partir da síntese granular do prelúdio da Suíte para violoncelo solo nº 1 em Sol Maior, de Johann Sebastian Bach. “Desexistir” não necessariamente tem que ser interpretado de uma forma política. Também é uma reflexão sobre atemporalidade, existência e jornada pessoal.
Até fevereiro de 2018.