O Sesc Palladium, Galeria de Arte GTO, Centro, Belo Horizonte, MG, dedica exposição a Geraldo de Barros, artista falecido em 1998. Pioneiro da fotografia experimental no Brasil, Geraldo de Barros dedicou sua vida à pintura, gravura, fotografia, design gráfico e desenho de móveis. Em exibição, 36 de seus trabalhos fotográficos mais importantes. Sua contribuição para as artes visuais brasileiras, no entanto, não está limitada apenas a esse gênero.
Barros integrou o grupo Ruptura, que ajudou a estabelecer as premissas da arte concreta no país. Ao lado de Anatol Wladyslaw, Leopoldo Haar, Lothar Charoux, Féjer, Waldemar Cordeiro e Luiz Sacilotto, ele inaugurou, em dezembro de 1952, a exposição “Ruptura” no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Os sete pretendiam romper com a arte figurativa e o excesso de naturalismo presente em obras de artistas até então nunca questionados, como Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral. A palavra de ordem dos concretistas era “racionalizar o processo criativo, utilizar o mínimo de cores e empregar recursos gráficos que tornassem a obra inteligível e livre de lirismos”.
A abstração geométrica é facilmente percebida nas composições de Geraldo de Barros. Com forte apelo gráfico, muitas de suas imagens apresentam linhas que se sobrepõem e áreas claras e escuras que contrastam entre si. São também marcantes em seu trabalho as experimentações feitas em laboratórios fotográficos interferindo em negativos com ranhuras.
Até 4 de novembro.