A Pinacoteca do Estado de São Paulo, Luz, São Paulo, SP, uma instituição da Secretaria de Estado da Cultura, apresenta a exposição “Guillermo Kuitca: Filosofia para princesas”. Com cerca de 50 obras, entre pinturas, desenhos e uma instalação, a mostra reúne trabalhos produzidos durante toda a sua trajetória artística, desde os anos 1980 até 2013. Kuitca, nascido em Buenos Aires, Argentina, 1961, é considerado um dos mais importantes pintores latino-americanos e sua obra trata de temas como deslocamento, isolamento, solidão e representações abstratas de espaço, como mapas, planos de teatro e plantas arquitetônicas.
Com curadoria de Giancarlo Hannud, curador da Pinacoteca do Estado de São Paulo, os trabalhos exibidos na mostra integram coleções públicas e privadas na Europa, Estados Unidos, Argentina e Brasil. Um dos destaques da mostra fica por conta da instalaçao “Le sacre”, (A sagração), de 1992, que ocupará o Octógono, espaço central da Pinacoteca. Formada por 54 camas, sobre as quais foram pintadas mapas de diversos lugares do mundo, “Le sacre” pertence ao Museum of Fine Arts de Houston, e já foi apresentada em museus como IVAM Centre del Carme, Valencia, em 1993, Fondation Cartier, Paris, em 2000 e o Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, em 2003. “Le sacre, obviamente é um desenvolvimento do meu trabalho com colchões, retomando a primeira obra que fiz com esse objeto, uma série de três colchões que foi mostrada na Bienal de São Paulo de 1989. As camas de Le sacre são menores do que camas de verdade, por isso às vezes são chamadas de “camitas”. Eu queria brincar com a perspectiva e o tamanho das coisas; não estamos tão próximos delas quanto pensamos. Eu queria um olhar ampliado de algo, como a cama, um objeto tão próximo quanto nosso próprio corpo, para então visualizá-la dentro da casa, a casa dentro da cidade, e a cidade dentro do mapa. Um zoom que se aproxima cada vez mais, ou se afasta cada vez mais”.
Sobre o artista
Guillermo Kuitca é um dos principais artistas argentinos e começou seus estudos artísticos na década de 1970, no ateliê de Ahuva Szlimowicz. Radicado em Buenos Aires, tem uma carreira internacional de grande projeção, já tendo representado a Argentina na Biennale di Venezia, 2007. Também participou da Documenta IX, em 1992, e mais recentemente, em 2010, seu trabalho foi tema de uma retrospectiva intitulada “Guillermo Kuitca: Everything, Paintings and Works on Paper, 1980-2008”, que passou pelas seguintes instituições norte-americanas, Miami Art Museum, o Albright-Knox Art Gallery, em Buffalo, o Walker Art Center, em Minneapolis, e o Smithsonian Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, Washington, D.C.
Até 02 de novembro.