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AGENDA CULTURAL

Henrique Oliveira em livro

Um dos artistas plásticos com maior projeção na cena contemporânea, reconhecido mundialmente por suas obras de dimensões épicas que operam a fusão entre as diversas modalidades artísticas e a arquitetura, o paulista Henrique Oliveira ganhou, por meio de uma parceria entre a editora Cosac & Naify, a SESI-SP Editora e a Galeria Millan, o primeiro livro, ou “monografia ilustrada”, sobre seu percurso profissional, iniciado no final da década de 1990.

 
Intitulada apenas “Henrique Oliveira”, a publicação tem 320 páginas e reúne mais de 120 imagens de trabalhos realizados pelo artista ao longo dos últimos 13 anos, além de um ensaio assinado pelo crítico de arte Agnaldo Farias e de uma entrevista feita com Henrique Oliveira pela crítica de arte Aracy Amaral. Trata-se de uma abrangente edição retrospectiva dedicada a documentar e a analisar a produção deste artista, representado pela Galeria Millan desde 2011. “(…) A caçamba como provedor de materiais, a inspiração em livros de patologia clínica, a observação poética indireta de seres de outros tempos ou do sonho retido no cérebro tumultuado e nervoso completam o perfil de seu universo, nesse aspecto refletindo nosso tempo. (…) Procedente de uma geração pós-conceitual, sem nada dever aos artistas de meados do século passado, é a escala ambiental de Henrique Oliveira o que mais nos impacta em suas formas surpreendentes. Arredondadas, tumorais, assustadoras e fascinantes, suas propostas simultaneamente nos remetem aos embates com a natureza, pelo próprio direcionamento induzido claramente pelo artista frente ao desperdício e dejetos da sociedade do lixo e do plástico.” (Aracy Amaral, no texto “Um Alquimista de Seu Tempo”).

 
“(…) A marcha vertiginosa da vida contemporânea insta o artista, focado na contraditória realidade brasileira, a empregar tapumes como matéria-prima em alguns trabalhos. Sua posição entre razão e natureza leva-o a pendular entre a árvore e o compensado, seu produto mais comum, ordinário. Composto por distintas camadas de madeira e usado para barrar a visão para o interior dos canteiros de obras, o compensado é um material poderoso, um amálgama de matérias e de tempos.” (Agnaldo Farias, no texto “Madeira, Matéria Mater”) O projeto do livro “Henrique Oliveira”, com tiragem de 2.000 cópias, foi realizado através da Lei Rouanet (Pronac 1414283) em 2016 e contou com o patrocínio do empresário e colecionador Marcelino Rafart de Seras. Livro “HENRIQUE OLIVEIRA”: Editoras Cosac Naify e SESI-SP; apoio Galeria Millan 320 páginas R$ 90,00.

 

 
Sobre o artista

 
Henrique Oliveira nasceu em 1973 na cidade de Ourinhos, São Paulo. Formou-se em artes plásticas na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, onde também se titulou mestre em poéticas visuais, em 2007. Desde o final dos anos 1990 tem mostrado seu trabalho no Brasil e no exterior. Dentre suas exposições mais recentes no país, estão individuais na Galeria Millan (São Paulo, 2016 e 2012), Transarquitetônica – Museu de Arte Contemporânea (São Paulo, 2014) e na Galeria Silvia Cintra (Rio de Janeiro, 2010). Nos Estados Unidos, expôs na McClain Gallery (Houston, 2015), no Boulder Museum of Contemporary Art (Boulder, 2011), Tapumes – Rice University Art Gallery (Houston, 2009), e na Europa: Fissure – Galerie Georges-Philippe & Nathalie Vallois (Paris, França, 2015), Baitogogo – Palais de Tokyo (Paris, França, 2013), Ursulinens Prolapse – Offenes Kulturhaus (Linz, Áustria, 2012), entre outras. Sua participação em mostras coletivas inclui The Strange Room – Marta Herford Museum (Herford, Alemanha, 2016), The End of the World – Centro Pecci (Prato, Itália, 2016), XIII Bienal de Cuenca (Cuenca, Ecuador, 2016), Crafted: Object in Flux – Museum of Fine Arts (Boston, Estados Unidos, 2015), Fusion: Art of the 21th Century – Virginia Museum of Fine Arts (Richmond, Estados Unidos, 2014), Do Valongo à Favela: Imaginário e Periferia – Museu de Arte do Rio (Rio de Janeiro, 2014), Brasiliana: Installations from 1960 to the Present – Schirn Kunsthalle (Frankfurt, Alemanha, 2013), Inside Out and from the Ground Up – Museum of Contemporary Art (Cleveland, Estados Unidos, 2012), Sculpture is Everything – Queensland Gallery of Modern Art (Brisbane, Austrália, 2012), Artists in Dialogue 2: Sandile Zulu and Henrique Oliveira – Smithsonian National Museum of African Art (Washington DC, Estados Unidos, 2011), 29a Bienal de São Paulo (São Paulo, 2010), IX Bienal Monterrey femsa – Centro de las Artes (Monterrey, México, 2009), 7a Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2009) e Something from Nothing – Contemporary Arts Center (Nova Orleans, Estados Unidos, 2008). Entre os vários prêmios e bolsas que recebeu, destacam-se o SAM Art Projects (Paris, França, 2013), Associação Paulista de Críticos de Arte (São Paulo, 2011), Artist Research Fellowship – Smithsonian Institution (Washington DC, Estados Unidos, 2009) e CNI SESI Marcantonio Vilaça (Fortaleza, 2009). Tem obras em acervos particulares e instituições internacionais e nacionais, como Virginia Museum of Fine Arts (Richmond, Estados Unidos), Queensland Art Gallery – Gallery of Modern Art (Brisbane, Austrália), Hobby Airport (Houston, Estados Unidos), Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Centro Cultural São Paulo – Coleção de Arte da Cidade, e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, entre outros. Desde 1990, o artista vive e trabalha em São Paulo.

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