A exposição “Le Vide Oblique – O Vazio Oblíquo”, do artista plástico brasileiro Jaildo Marinho, é o atual cartaz na Casa da América Latina, Paris, França. Jaildo reside na França desde o início dos anos 90, e agora exibe suas formas geométricas em mármore branco e negro, nas quais intercala cores vivas, fortes e reluzentes e quadros em técnicas combinadas. A mostra tem coordenação de Jacques Leenhardt e Max Perlingeiro e foi dividida em dois momentos, um “bidimensional”, com quadros, e outro “tridimensional”, com esculturas. Nascido em Santa Maria da Boa Vista, Pernambuco, o artista viu despertar sua vocação desde a infância. Sua pesquisa, além de obter uma linguagem pessoal, abrange uma “…interação com herdeiros do Groupe Madi, o conjunto de criadores de arte abstrata do qual fizeram parte gente do peso de Mondrian e Kandisnsky”. Afirma o artista: “- No meu trabalho há virtudes geométricas industriais, sim…São meios que encontro para transformar o quadrado em um objeto artístico leve”. Nos últimos dez anos, Jaildo Marinho expôs em diversos países como Estados Unidos, Itália, Espanha, Eslováquia e Hungria. Um dos trabalhos de repercussão do artista em Paris, foi a instalação na fachada da Bibliothèque Historique de la Ville de Paris. A Edições Pinakotheke, Rio de Janeiro, lançou caprichado volume sobre a obra de Jaildo Marinho com textos assinador por Lêdo Ivo, Mario Helio Gomes e Jacques Leenhardt que afirma “…essa capacidade peculiar – às formas de se agrupar sublinha a conivência entre o trabalho de Jaildo e a arquitetura, que, por sua vez, respalda seu engenho na arte de combinar o maciço com o vazio.”
Até 16 de junho.