O MAM Rio, Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, exibe a “Mostra Carioca”, com 47 obras pertencentes ao acervo do museu. Com curadoria de Luiz Camillo Osorio, são apresentados trabalhos dos artistas Abraham Palatnik, Alair Gomes, Antonio Manuel, Brigida Baltar, Cabelo, Djanira, Hélio Oiticica, Ione Saldanha, Ivan Serpa, Lygia Clark, Marcos Chaves, Oswaldo Goeldi, Paula Trope, Raul Mourão e Raymundo Colares. Em comum, o fato de pertencerem à coleção do MAM Rio e também de serem artistas que vivem ou viveram no Rio de Janeiro. O acervo apresentado consta de obras em diferentes técnicas e suportes, como esculturas, instalações, pinturas, desenhos, fotografias e xilogravuras, dentre os quais destacam-se obras emblemáticas, como “Metaesquemas” e “Parangolés”, de Hélio Oiticica, e uma série de trabalhos de Lygia Clark, feitos em tinta automotiva sobre madeira, de 1959/1986, que foram doadas pela artista ao museu. Também em exposição nesse conjunto um desenho e duas pinturas, óleo sobre tela de Djanira, de 1944 e 1961, e duas xilogravuras de Oswaldo Goeldi. A obra mais antiga da exposição é a pintura “O Violoncelista”, de Djanira, de 1944, e as mais recentes são o objeto “Enxame de consciência”, de Cabelo, e a fotografia “Marcos Vinícios Clemente Ferreira (Negão), aos 16 anos / Começo do Baile”, da série “Os meninos do morrinho”, de Paula Trope, ambas de 2004. “A mostra não pretende “tematizar” o Rio, mas revelar o quanto a cidade foi e permanece sendo um espaço ao mesmo tempo caótico e criativo que alimentou uma vontade de arte que combina improvisação e rigor”, diz Luiz Camillo Osorio. Do final do modernismo (Djanira, Saldanha e Goeldi), passando pela transição experimental do concretismo-cinético (Serpa e Palatnik), do neoconcretismo (Oiticica, Clark) da experimentação pós 68 (Antonio Manuel, Colares e Gomes) e chegando ao momento contemporâneo (Mourão, Cabelo, Baltar, Chaves e Trope) uma espécie de espírito carioca perpassou – consciente ou inconscientemente – a criação artística local, potencializando sua articulação e penetração global.
Até 20 de maio