A partir da influência da carga genética na construção da família brasileira, a fotógrafa Fifi Tong, de origem chinesa, nascida em Passo Fundo no interior do Rio Grande do Sul e radicada em São Paulo desde 1992, retorna às suas origens para expor 31 retratos em preto e branco nas salas Negras do MARGS, Centro Histórico, Porto Alegre, RS.
Tudo começou com o retrato da família de Fifi, após revelar as imagens percebeu que poderia realizar um projeto significativo, eternizando gerações. No início fotografou apenas mulheres, na sequencia resolveu retratar famílias que carregavam traços no tempo. Após quinze anos de pesquisa, a fotógrafa reuniu em seu livro, “Origem – Retratos de Família no Brasil”, 50 fotografias de histórias, de etnias, níveis sociais e de diferentes regiões.
Conhecida no meio publicitário como uma das grandes retratistas brasileiras, Fifi clicou filhos e netos de africanos, europeus e asiáticos. Um dos objetivos do livro é propor a discussão do valor da família, mostrando a diversidade que compõem a população brasileira, fruto de migrações incessantes, dotada de uma cultura favorável à miscigenação.
Sobre a artista
Fotógrafa de origem chinesa, nascida em Passo Fundo no interior do Rio Grande do Sul, começou a fotografar aos 17 anos e logo no primeiro ano, venceu o concurso, Criança Sem Fronteiras, na categoria Amador, em Porto Alegre/RS. Em 1980, aos 18 anos, ingressou no Art Center College of Design, em Pasadena, Califórnia, onde se graduou com o titulo de B.F.A em fotografia. Iniciou sua carreira, trabalhando em Los Angeles e Milão. Como free lancer colaborou para estúdios de grandes agências brasileiras como a DPZ e W/Brasil. Em 1992 abriu estúdio próprio, publicando em 2009, o livro Origem – Retratos de Famílias no Brasil, com exposição homônima no Memorial do Imigrante, em São Paulo, com curadoria de Diógenes Moura. De lá pra cá Origens percorreu o Brasil com exposições individuais em 2013 no Rio de Janeiro no espaço Furnas Cultural e em Salvador no Centro Cultural dos Correios no ano de 2015, já no exterior foi à vez dos argentinos apreciarem as belíssimas imagens captadas pelo olhar sensível de Fifi em Buenos Aires no Centro Cultural Borges e em Salta no Museo de Arte Contemporâneo ambos em 2012. O livro Origem em 2010, foi premiado em terceiro lugar, no International Photography Awards na categoria Livro do Ano. Inquieta a fotógrafa participou paralelamente a este grandioso projeto de outras exposições. Em 2010 da mostra coletiva Eternal Feminine Plural, na Organização Internacional do Trabalho, em Genebra. Em abril de 2012 expos imagens da série Um Lugar Só Seu, no Espaço de Arte Trio, em São Paulo, com curadoria de Carolina Magano Prado. Nesse mesmo ano, participou do XVII Encuentros Abiertos, no Centro Cultural Recoleta, em Buenos Aires, com a individual O Tempo está Passando, série de retratos que documenta pessoas com mais de cem anos. Ainda no mesmo ano, participa da coletiva O Mais Parecido Possível – O Retrato, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, com curadoria de Diógenes Moura. Em outubro de 2013, faz parte da coletiva Jornada da Longevidade Arte e Cultura, com a exposição Entretempos: memória, com texto de Simonetta Persichetti.
De 06 de outubro a 06 de novembro.