Chama-se “Conversa Tranquila na Praia da Paciência” o título da exposição individual do artista plástico Paulo Whitaker a realizar-se na Bahia. A mostra – inédita – dá prosseguimento a programação da Roberto Alban Galeria de Arte, Ondina, Salvador. É a primeira vez que Salvador recebe uma mostra significativa do trabalho pictórico de Paulo Whitake, com 21 óleos sobre tela que refletem sua produção atual. O artista já vem sendo exposto, premiado e elogiado pela crítica em diversos lugares do Brasil e do mundo. Além de integrar o acervo de diversas coleções privadas e públicas, como o Instituto Cultural Itaú e o Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Whitaker foi prêmio de aquisição da Pinacoteca de São Paulo neste ano de 2013 e do MAC- USP em 1993, através do Prêmio Gunther de Pintura. Também em 2013, outra obra do artista foi doada ao acervo do MAC-USP a partir da escolha de seu atual diretor, Tadeu Chiarelli.
Paulo Whitaker tem uma presença expressiva no cenário nacional desde a década de 1980, afirmando-se internacionalmente como um dos expoentes do abstracionismo brasileiro. Participou da 3ª Bienal do Mercosul, 2001, em Porto Alegre; da 25ª edição da Bienal Internacional de São Paulo, 2002 e da Biennale de Montreal, 2007, no Canadá. Ainda na década de 1990, foi artista residente na Alemanha, E-Werk Freiburg, e duas vezes no Canadá, Plug In e The Banff Centre for the Arts. Sua obra despertou a merecida atenção de nomes importantes da crítica e curadoria brasileira e internacional, como Ivo Mesquita, curador e diretor da Pinacoteca de São Paulo, Frederico Morais, figura central na crítica e curadoria brasileira e um dos criadores e curador geral da 1ª Bienal do Mercosul, Jacopo Crivelli Visconti, curador italiano de atuação internacional residente em São Paulo, e Wayne Baerwaldt, curador da Alberta College of Art + Design.
A obra de Paulo Whitaker desafia o próprio universo da pintura e a composição tradicional de seus elementos: cores, formas, manchas, linhas, planos que não têm o compromisso de representar o mundo; alfabetos que não se deixam decodificar. Sua pintura põe em cheque os limites entre abstração e figuração e convida o público para uma conversa mais intrigante do que tranquila. Apenas diante de sua pintura, ao vivo, os olhos mergulham em toda sua matéria, mas nunca atingem o fundo do seu mistério. Segundo o próprio artista: “A espinha dorsal do que é hoje o meu trabalho vem de 1989, quando criei um alfabeto próprio de formas e conteúdos. Desde então as minhas construções e formas vêm se desenvolvendo. É como se fosse a criação de uma música instrumental, por exemplo”.
Sobre o artista
O artista plástico vive e trabalha em São Paulo, cidade onde nasceu em 1958. Pintor e desenhista, Paulo Whitaker formou-se em Educação Artística na Universidade para o Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina – Udesc/SC, em 1984. Com uma sólida carreira nacional, suas obras estão em acervos de importantes instituições e museus como: Museu de Arte de Santa Catarina – MASC; Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM/SP; Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, MAC/USP; Museu de Arte Contemporânea do Paraná – MAC/PR; Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado – MAB/Faap e Pinacoteca do Estado de São Paulo. Entre diversas exposições, participou da 25ª edição da Bienal Internacional de São Paulo em 2002. Entre 1991 e 1992, foi artista residente no Plug In, em Winnipeg, no Canadá, em E-Werk Freiburg, na Alemanha, e, em 1999, no The Banff Centre for the Arts, também no Canadá. Naquele mesmo ano participou da exposição Arte Contemporânea Brasileira sobre Papel no MAM, em São Paulo, e, em 2001, participou da 3ª Bienal do Mercosul em Porto Alegre. Já em 2007, ele participou da Biennale de Montreal, no Canadá. Paulo Whitaker recebeu, em 1993, o Prêmio Gunther de Pintura do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e, em 1998, no VI Salão Nacional Victor, o Grande Prêmio no Museu de Arte de Santa Catarina.
De 07 de novembro a 07 de dezembro.