Fabio Magalhães é o curador da exposição “Poéticas do Mangue”, cartaz do Museu Lasar Segall, Vila Mariana, São Paulo, SP. A mostra aborda a atração que o Mangue, com seus prostíbulos, bares e cabarés, exerceu sobre diversos artistas: Lasar Segall lançou o álbum “Mangue” em 1944, com reproduções de desenhos realizados entre os anos 1925 e 1943. Nessas obras sobre a prostituição, Segall volta-se, sobretudo, para questões sociais, preocupando-se com a situação de solidão e miséria. Di Cavalcanti, ao contrário de Segall, frequentou o Mangue como artista e para se divertir em grandes noitadas. Di evitava ser um observador distante. Alguns contemporâneos de Segall, como Otto Dix, George Grosz, Otto Lange e Jacob Walter, foram incluídos nesta exposição, por terem exercido influência sobre toda uma geração de artistas brasileiros, inclusive sobre desenhos de Di Cavalcanti, realizados nos anos 1930. Entre os muitos artistas que frequentaram o Mangue, foram reunidas obras de Cícero Dias, Antonio Gomide, Manoel Martins, Poty Lazzaroto, Guido Viaro e Maciej Babinski.
Até 17 de junho.