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AGENDA CULTURAL

Nuno Ramos na Caixa Cultural/Rio

As obras de Nuno Ramos costumam provocar reações variadas, mas nunca indiferença. Assim aconteceu com “Bandeira Branca”, na 29ª Bienal de São Paulo, trazia três urubus em um enorme viveiro e despertou a fúria de defensores de animais. Ainda em 2010, o artista levou ao MAM-Rio “Fruto Estranho”, instalação de 10 toneladas na qual restos de árvores sustentavam dois aviões revestidos de sabão. Na individual em cartaz na Caixa Cultural, Galeria 4, Centro, Rio de Janeiro, RJ, a surpresa da vez é “Hora da Razão”, resultado de doze horas de árduo expediente repetido por treze dias. O trabalho reúne três estruturas de vidro cobertas por cerca de 300 quilos de breu derretido. Sob as formas geométricas vazadas, além da massa de aspecto orgânico, vivo, que escorre, monitores de vídeo exibem o músico Rômulo Fróes, o artista plástico Eduardo Climachauska e a cantora Nina Becker interpretando o samba “Hora da Razão”, do baiano Batatinha (1924-1997). Completam a mostra 78 belos desenhos inéditos da série Munch. Criados com folhas de ouro, prata e bronze, tinta a óleo e carvão sobre papel, inspirados na produção do pintor norueguês Edvard Munch, os quadros homenageiam a mãe do autor, a historiadora Dulce Helena Pessoa Ramos, falecida em 2011.

 

 

Até 09 de março.

 

Fonte: VEJA-Rio

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