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AGENDA CULTURAL

O livro de Glória Ferreira 

No dia 07 de dezembro, será lançado o livro “Glória Ferreira – Fotografias de uma amadora” (coedição NAU Editora e Linha Projetos Culturais), na Livraria Argumento, Leblon, Rio de Janeiro, com fotos trajetória como fotógrafa. Com 236 páginas, o livro reunirá, pela primeira vez,fotografias produzidas por Glória Ferreira desde os anos 1970 até 2006 .“Suas fotos não precisam de assinatura e são quase que imediatamente reconhecidas. Sua inspiração vem do detalhe revelador que muitos enxergam mas não veem”, ressalta o jornalista Ernesto Soto no texto de apresentação do livro. A publicação tem patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura, através do edital Viva a Arte!

 

A publicação, que terá capa dura e será bilíngue (português/ inglês), destacará dez séries fotográficas da artista:“Para Tocha” (2003), “By” (2004-2006), “Cicatrizes” (2003), “De G. a S.” (2000), “Cenas” (anos 1980/1990), “Empenas” (anos 1990), “Olho por Olho, dente por dente” (1988), “Subindo o Tocantins Descendo o Araguaia” (anos 1980), “Experimentos” (anos 1980) e  “Retratos do Exílio” (anos 1970). Junto com as fotografias, estarão textos críticos escritos por Paulo Sergio Duarte, Ligia Canongia, Ernesto Soto, Tania Rivera, entre outros, que ao longo dos anos acompanharam a produção fotográfica da artista. Engajada na luta contra a ditadura militar nos anos 1970, Glória Ferreira foi exilada no Chile, Suécia e Paris.Foi no exílio que desenvolveu e amadureceu o interesse pela arte em geral e pela fotografia em particular.

 

 

Sobre as séries

 

Na série “Para Tocha”, Glória Ferreira registrou pessoas fotografando pontos turísticos de Paris. Em “Cicatrizes”, a fotógrafa registrou imagens de cicatrizes de pessoas anônimas, em fotos denominadas “um amigo”, “uma amiga”. A série “By” traz imagens de cenas em movimento, em diferentes situações e lugares. “Retratos do Exílio”reúne imagens feitas nos anos 1970, durante o exílio da artista no Chile. São as primeiras fotos feitas por Glória Ferreira, que começou a fotografar nesta época. Datas marcadas nas calçadas de Paris, por ocasião de reparos realizados, são registrados na série De G. a S.”. A série “Experimentos” traz fotos abstratas. Em “Subindo o Tocantins, descendo o Araguaia”, Glória Ferreira registra esta região e sua população através de imagens em preto e branco. A série “Cenas” é a maior delas e ocupa 58 páginas do livro, com imagens coloridas que registram cenas cotidianas.

 

 

Acessibilidade

 

Com o objetivo de promover o amplo acesso ao livro, da edição de mil exemplares, 70% serão distribuídos gratuitamente para centros de ensino de arte, espaços culturais e bibliotecas na cidade do Rio de Janeiro e adjacências. O restante irá para as livrarias.

 

 

Sobre a fotógrafa

 

Glória Ferreira é Doutora em História da Arte pela Sorbonne, professora colaboradora da Escola de Belas Artes/UFRJ e crítica e curadora independente. Entre suas curadorias mais recentes destacam-se as realizadas na Casa de Cultura Laura Alvim, em 2013 e 2014; “Figuração X Abstração no Brasil dos anos 40” (2010), na Escola de Belas Artes, em São Paulo; “Imagens em migração: Uma exposição de Vera Chaves Barcellos” (2009), no MASP, em São Paulo; “Anos 70 – Arte como questão” (2007), no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo; “Trilogias”, de Nelson Felix (2005), no Paço Imperial, no Rio de Janeiro e “Situações Arte Brasileira Anos 70” (2000), na Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro. Além disso, organizou e foi coeditora de importantes livros e publicações de arte. Fotografa desde 1971, com exposições no Brasil e no exterior. Dentre suas exposições destacam-se “4 exposições Individuais” (1988), na Galeria de Arte Ibeu Copacabana, no Rio de Janeiro; “Mulheres Fotógrafas. Anos 80”(1989), no Instituto Nacional da Fotografia/Funarte, Rio de Janeiro; “Photos” (1995), no Solar Grandjean de Montigny, Rio de Janeiro;  “Grande Orlândia” (2003), no Rio de Janeiro; “Convívio Luciano Fabro” (2004), no MuséeBourdelle,em Paris;  “Grande Orlândia” (2003), no Rio de Janeiro. Lançamentos dos múltiplos: “Para Tocha”, em 2003, e “BY”, em 2006, ambos no Rio de Janeiro.

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