A exposição “Antonio Benetazzo, permanências do sensível”, Centro Cultural São Paulo, Piso Flávio de Carvalho, SP, reúne cerca de 90 desenhos realizados por este artista e militante político, brutalmente assassinado pelo regime militar brasileiro em 1972. Autor de uma obra desconhecida do público, que ficou por décadas guardada nas residências de seus amigos e familiares, Benetazzo ressurge em uma mostra inédita dedicada inteiramente à sua trajetória artística, na qual, além da apresentação de seus principais trabalhos, estão presentes objetos pessoais e documentos de origem biográfica. A exposição é dividida em sete partes, nas quais revelam-se eixos temáticos e variedades estilísticas de uma obra pulsante produzida entre 1963 e 1972. A curadoria é de Reinaldo Cardenuto, uma realização da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Secretaria Municipal de Cultura e Centro Cultural São Paulo com apoio do Instituto Vladimir Herzog.
Haverá ainda exibição do curta-metragem “Entre imagens (intervalos)”, filme-ensaio em torno da vida e obra de Antonio Benetazzo; lançamento de um livro com textos e reproduções dos desenhos realizados pelo artista.
Para o crítico Silas Martí que recomenda uma visitação, “Quase desconhecida, a obra deste artista italiano radicado em São Paulo e assassinado de forma brutal por agentes da ditadura militar nos anos 1970 é alvo agora de uma grande exposição no Centro Cultural São Paulo. A mostra põe em evidência a potência de um trabalho de forte carga política e ao mesmo tempo de grande ousadia formal para a época, com um diálogo poderoso com os experimentos dos artistas pop do país, como Wesley Duke Lee”.
Até 29 de maio.