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Piza com Gustavo Rebello no Rio

Gustavo Rebello Arte, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição Elementos no Espaço, do artista plástico Arthur Luiz Piza. Pintor, gravador, desenhista, escultor e pensador requintado, Piza é um dos grandes artistas plásticos brasileiros contemporâneos.  Nascido em São Paulo, o artista vive e trabalha em Paris onde fixou-se há mais de 50 anos. Seus trabalhos constam no acervo dos principais museus do mundo e é consagrado internacionalmente, sendo um inventor de linguagens e técnicas. Com rico repertório técnico, Piza criou um universo com acentuado toque pessoal através da gravura em metal, relevos em madeira, gesso e papel.

 

Os “Elementos”, chapas de zinco com formas geométricas, pintadas de cores fortes e uniformes, já conhecidas do público nas gravuras, nos capachos e nas tramas, desta vez, saltaram para as paredes e teto, experimentando uma grande liberdade. São conjuntos, arrumados pelo artista de maneira aparentemente aleatória, que darão ao espectador, a sensação de estar literalmente dentro da sua obra. Segundo o artista, depois de adquiridos, os trabalhos podem ser reagrupados, desde que seja mantida ideia de conjunto.

 

“Os elementos no espaço surgiram quando  escaparam da moldura, quando me separei da necessidade de enquadrar, são  como novas possibilidades de animar o espaço, de ver  o que se cria entre uns e outros, entre grandes e pequenos. O ‘entre’ tem importância, ele também é forma, ele faz parte do elemento como o elemento faz parte dele. Tudo é uma relação e as sombras tambem participam dela”, explica Arthur Luiz Piza. O trabalho de Piza está sempre se renovando e no seu percurso, independente dos suportes que trabalha, seu ofício sempre se traduz em liberdade, ousadia e coerência, provocando reflexão.

 

Sobre o artista

 

Arthur Luiz Piza nasceu em 1928, em São Paulo, onde teve seu primeiro contato com as artes. Nos anos 40, estudou pintura e afresco com Antonio Gomide, um dos grandes nomes da Primeira Geração de Modernistas. Mudou-se em 1951 para Paris, onde passou a trabalhar no estúdio do mestre da gravura Johnny Friedlaender. Piza logo se tornou um especialista em todas as suas técnicas. Abandonou as mais tradicionais e desenvolveu uma técnica exclusiva de gravar nas placas com martelos e cinzéis de diferentes formatos. Entre 1951 e 1963, participou das Bienais de São Paulo; em 1959, da Documenta de Kassel, e em 1966, da Bienal de Veneza, ganhando o prêmio de gravura. Seu trabalho encontra-se nos acervos dos principais museus do mundo, como o Museum of Modern Art (MoMA) e o Guggenheim Museum, em Nova York, a Bibliothèque Nationale de France e o Musée National d’Art Moderne Centre Georges Pompidou, em Paris. No Brasil, seus trabalhos estão, por exemplo, no Museu de Arte Contemporânea e no Museu de Arte Moderna, ambos em São Paulo. Em 2002, a Pinacoteca do Estado organizou uma importante retrospectiva e a editora Cosac Naify lançou um catálogo de seus relevos.

 

Até 26 de Outubro.

 

 

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