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Poesia covarde 

Lombardi Galeria, de Álvaro Lombardi, inaugura sua sede no Jardim Paulistano, São Paulo, SP, com a mostra “ Minha Poesia Covarde“, do fotógrafo Fabiano Al Makul, sob curadoria de Diógenes Moura. Composta por 30 imagens que exploram o fascínio do artista por cenas simples e espontâneas, encontradas ao acaso, a exposição é um aprofundamento na produção recente do artista, que chama atenção pelo olhar detalhista em busca de elementos como sombra e luz, conectando as cenas através da composição de polípticos pautados pela cor.

 

Seus personagens são todos e nenhum. Na atual seleção, o humano aparece apenas em poucos registros, mas apenas como composição. Elementos ordinários do cotidiano, a pintura desgastada no asfalto, detalhes da arquitetura, destaques da natureza, a cadeira vazia. Temas banais elevados a categoria de obras de arte com a sofisticação do olhar no momento preciso da fotografia. É irritantemente belo. Esse drama, em poética, é o esplendoroso”, diz o artista. As imagens de Fabiano Al Makul contêm as referências das cidades por onde vagou, com câmera na mão, vítima do encontro ao acaso. Como um segredo, cada uma delas rompe a covardia de um verso. Nas palavras do curador: Nesse limite, não há saída: ou tudo, ou nada.

 

“A Minha Poesia Covarde’ não é apenas um verso. Fabiano Al Makul não é apenas um fotógrafo. É transeunte. Ou ‘enxerga’ a cidade e sobrevive ou a ‘vê’ e desaparece. Eis a decisão final. Trata-se de um jogo no singular, um retrato, um livro aberto que página por página poderá mudar a cada instante”, define Diógenes Moura. A coordenação é de Álvaro Lombardi.

 

De 20 de setembro a 22 de outubro.

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